A volatilidade das emoções está destruindo vidas em abundância.
Lá se vai mais uma madrugada.
Tantas já se passaram.
E muitas coisas já mudaram.
E muitas ficaram como estavam.
A dormência dos dedos leva o poetas a lembrar a hora de dormir.
Mas, escreve o seu último texto e vai para a cama sem olhar os erros gramaticais.
Nem percebeu que acabou trocando os sentidos das palavras.
E acabou revelando as verdades do seu coração.
Acorda sorrindo porque o mundo o aplaudiu de pé.
Ou cabisbaixo porque ninguém sentiu a presença do seu ser.
Mas ele voltará ao teclado com persistência para provar a sua existência
quiçá a sua sobrevivência.
Se antes a grande obra era lida e seivada no tempo
O hoje é a grande obra para a maioria.
As crônicas em duas linhas já estão se tornando normais.
Prevalece o imediatismo da obra, pouco importa em quanto tempo e com quantas emoções o criador a fez.
Muitas tem por fora um belo título e por dentro percebe-se que perdeu-se uma grande oportunidade de ser o que era para ser.
A volatilidade das emoções está destruindo vidas em abundância.
Muito tempo desperdiçado é jogado na lata do lixo para o caminhão da prefeitura levar três vezes por semana.
Misturando-se coisas orgânicas com recicladas.
Apodrecem os sentimentos diariamente, eles são sepultados lá no lixão, ou vão pelos rios mar adentro ou viram fumaça sem vestígios nenhum deixarem.