A volatilidade das emoções está destruindo vidas em abundância.

Lá se vai mais uma madrugada.

Tantas já se passaram.

E muitas coisas já mudaram.

E muitas ficaram como estavam.

A dormência dos dedos leva o poetas a lembrar a hora de dormir.

Mas, escreve o seu último texto e vai para a cama sem olhar os erros gramaticais.

Nem percebeu que acabou trocando os sentidos das palavras.

E acabou revelando as verdades do seu coração.

Acorda sorrindo porque o mundo o aplaudiu de pé.

Ou cabisbaixo porque ninguém sentiu a presença do seu ser.

Mas ele voltará ao teclado com persistência para provar a sua existência

quiçá a sua sobrevivência.

Se antes a grande obra era lida e seivada no tempo

O hoje é a grande obra para a maioria.

As crônicas em duas linhas já estão se tornando normais.

Prevalece o imediatismo da obra, pouco importa em quanto tempo e com quantas emoções o criador a fez.

Muitas tem por fora um belo título e por dentro percebe-se que perdeu-se uma grande oportunidade de ser o que era para ser.

A volatilidade das emoções está destruindo vidas em abundância.

Muito tempo desperdiçado é jogado na lata do lixo para o caminhão da prefeitura levar três vezes por semana.

Misturando-se coisas orgânicas com recicladas.

Apodrecem os sentimentos diariamente, eles são sepultados lá no lixão, ou vão pelos rios mar adentro ou viram fumaça sem vestígios nenhum deixarem.

Robertson
Enviado por Robertson em 23/11/2017
Reeditado em 23/11/2017
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