TEMOS É QUE RESSUSCITAR O FALECIDO MINISTRO BELTRÃO

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Quinta-feira, 23 de Novembro de 2017

Penso que a minha sina é viver num país subdesenvolvido, o Brasil. Isto porque nasci e vivo nele, e isto já tem mais de seis décadas. Mas nunca me acostumarei com tanta coisa absurda que existe aqui.

Hoje dirigi-me a uma agência do INSS, na estação do Méier, com o fim de resolver um imbróglio aparentemente simples que era a normalização da minha senha de acesso ao órgão. Já a possuía há alguns anos, mas recentemente ao tentar acessar tal site não o consegui porque a senha não era reconhecida por ele.

Assim é que fui em busca da solução, mas que não o consegui. Porque logo ao ser atendido e relatar a minha situação, a atendente solicitou-me o número do meu CPF, e depois de algumas tentativas reconheceu que não possuía o devido domínio daquela ação.

Então solicitou a presença e o auxílio de um outro funcionário que logo de cara ao saber da manobra, externou que não dominava tal tarefa. O que obrigou a atendente solicitar a presença de uma outra colega, e esta após sugerir à primeira que fizesse uma determinada ação, perguntou-me se a minha senha era antiga, o que confirmei que sim.

Ela então disse-me que eu deveria agendar um novo atendimento através do telefone 135, apresentando-me três folhas de papel, que eu deveria preencher e juntar xerox da minha documentação e entregar nesse próximo atendimento.

Eu ainda informei que já era, inclusive, aposentado no órgão, mas ela disse-me que não poderia resolver ali aquela situação, bem como não poderia agir de outro modo a não ser o que me apresentava naquele instante. E foi onde eu tive que me exaltar, dizendo-lhe que nessa área é sempre assim, os funcionários nunca podem e/ou sabem resolver as coisas de formas simples e objetivas, buscando sempre o uso exagerado da burocracia extrema e absurda.

Imaginem, o conserto (ou atualização) de uma simples senha de acesso ao sistema da Previdência Social, requerer uma burocracia desproposital, principalmente para quem já está inscrito naquele órgão há mais de trinta e cinco anos, como eu. É o fim da picada.

Mas isso só demonstra o baixo nível em que se encontra os servidores e o próprio serviço público nacional. A informatização nesse país parece que não serve para nada, porque tudo continua tão difícil quanto na época em que tudo era realizado manualmente. Fazer o quê?

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 23/11/2017
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