Imagino que ao crescer
Deveremos aprender
Agora somos mais velhos
Esticados
E somente isso
Falta algo a mais para crescer
Tão grande somos e ainda balbuciamos que injustiças são puro:
Mi mi mi
Crescer para ouvir os ecos dos gritos
Por detrás das selfs coloridas que tiramos
Quando estamos no Pelourinho
La se tinha consciência humana
Seletiva e esbranquiçada
Talvez quando crescermos como nação
Não veremos as vidas como borrões de tinta apagada
E não acreditaremos que histórias clamam por ser vitimizadas
Há 70 anos atrás pessoas se reuniam em centros populares da Europa
Indo para Paris, Londres, Bruxelas
Tal como fazemos agora...
Para desestressar e ter uma bela experiência emocional
Naquela época colocavam negros em praça pública
Dentro de um cercadinho para exibir uma experiência animal
Se perguntados, diriam por certo que tinham: Consciência humana e não racial
Se isso lhe soar racismo ao contrário ou falta de consciência tal
Digo apenas que é um relato banal
Você terá a opção de pesquisar no Google
Mas não aconselho a você
Aconselho algo a mais
Passe a vista nos jornais
Ou fora da sua confortável residência mental
Comece hoje mesmo
Ao estacionar
Passe o olho na cor do Flanelinha
E imediatamente olhe para a cor do condutor
Do carrão ao lado
Ao ir para seu encontro com as amigas e amigos
No agradável local de sua escolha
Olhe mais uma vez:
A cor do atendente
A cor do freguês
A cor do limpo chão branco
Areado em sua maioria pela mão negra
Não quero estragar seu dia
Mas tenha a ousadia de verificar os números
Caso você seja racional e ame as estatísticas
Passe o olho de forma sutil
E vai ver que de 100 pessoas assassinadas
73 são negras neste Brasil
Seriam muitas estatísticas para explanar
Mas meu intuito é que você vá pesquisar
E não pare de olhar.
Se for curioso vai descobrir:
A cor da prisão
A cor do Judiciário
A cor da periferia
Entendo se tudo isso lhe der dor de cabeça...
Você poderá dispor de um médico para lhe atender
Mas não poderá esticar muito a conversa sobre suas novas percepções raciais
Pois ele certamente será branco e falará que isso não é nada demais
Se você tem mesmo essa empatia te digo que pode se juntar
Pois tudo diz respeito ao Branco ao Amarelo, ao Negro
Não se esqueça que se seu aniversário for no dia do
Natal, finados, feriado nacional, ou dia da Paz Universal
Ainda assim você lutará por ele, pois ali está um pedaço da sua história
E você vai querer ser lembrado!
Entendo seu infantil desejo sobre essa tal consciência
Eu também o tenho.
Vejo que somos pura igualdade na biologia
Na capacidade, na humanidade e na falta dela
Só não na realidade social, na vitrine, na novela, na Universidade, no jornal...
Mas unidade é conquista e não pura palavra
O momento é de falar
De expor no verso, na rua, na cara nas leis
Há um negro no Brasil a despertar
Desejoso de se mostrar
De falar com orgulho do seu dia
De soltar os cabelos
As amarras
Levantar a cabeça e manter a coluna ereta
E isso é puro encanto
Nos deixem reverenciar todos os lindos dias
Mas especialmente este
Pois ali é quando se traz à tona a memória
A história
E se convida a consciência para ser: Negra
Deveremos aprender
Agora somos mais velhos
Esticados
E somente isso
Falta algo a mais para crescer
Tão grande somos e ainda balbuciamos que injustiças são puro:
Mi mi mi
Crescer para ouvir os ecos dos gritos
Por detrás das selfs coloridas que tiramos
Quando estamos no Pelourinho
La se tinha consciência humana
Seletiva e esbranquiçada
Talvez quando crescermos como nação
Não veremos as vidas como borrões de tinta apagada
E não acreditaremos que histórias clamam por ser vitimizadas
Há 70 anos atrás pessoas se reuniam em centros populares da Europa
Indo para Paris, Londres, Bruxelas
Tal como fazemos agora...
Para desestressar e ter uma bela experiência emocional
Naquela época colocavam negros em praça pública
Dentro de um cercadinho para exibir uma experiência animal
Se perguntados, diriam por certo que tinham: Consciência humana e não racial
Se isso lhe soar racismo ao contrário ou falta de consciência tal
Digo apenas que é um relato banal
Você terá a opção de pesquisar no Google
Mas não aconselho a você
Aconselho algo a mais
Passe a vista nos jornais
Ou fora da sua confortável residência mental
Comece hoje mesmo
Ao estacionar
Passe o olho na cor do Flanelinha
E imediatamente olhe para a cor do condutor
Do carrão ao lado
Ao ir para seu encontro com as amigas e amigos
No agradável local de sua escolha
Olhe mais uma vez:
A cor do atendente
A cor do freguês
A cor do limpo chão branco
Areado em sua maioria pela mão negra
Não quero estragar seu dia
Mas tenha a ousadia de verificar os números
Caso você seja racional e ame as estatísticas
Passe o olho de forma sutil
E vai ver que de 100 pessoas assassinadas
73 são negras neste Brasil
Seriam muitas estatísticas para explanar
Mas meu intuito é que você vá pesquisar
E não pare de olhar.
Se for curioso vai descobrir:
A cor da prisão
A cor do Judiciário
A cor da periferia
Entendo se tudo isso lhe der dor de cabeça...
Você poderá dispor de um médico para lhe atender
Mas não poderá esticar muito a conversa sobre suas novas percepções raciais
Pois ele certamente será branco e falará que isso não é nada demais
Se você tem mesmo essa empatia te digo que pode se juntar
Pois tudo diz respeito ao Branco ao Amarelo, ao Negro
Não se esqueça que se seu aniversário for no dia do
Natal, finados, feriado nacional, ou dia da Paz Universal
Ainda assim você lutará por ele, pois ali está um pedaço da sua história
E você vai querer ser lembrado!
Entendo seu infantil desejo sobre essa tal consciência
Eu também o tenho.
Vejo que somos pura igualdade na biologia
Na capacidade, na humanidade e na falta dela
Só não na realidade social, na vitrine, na novela, na Universidade, no jornal...
Mas unidade é conquista e não pura palavra
O momento é de falar
De expor no verso, na rua, na cara nas leis
Há um negro no Brasil a despertar
Desejoso de se mostrar
De falar com orgulho do seu dia
De soltar os cabelos
As amarras
Levantar a cabeça e manter a coluna ereta
E isso é puro encanto
Nos deixem reverenciar todos os lindos dias
Mas especialmente este
Pois ali é quando se traz à tona a memória
A história
E se convida a consciência para ser: Negra