Uma crônica !
- Doutor, como vai ? Faz tempo que não passo por aqui, e os loucos andam te dando muito trabalho por aqui ?
- Até que não, meu filho , o de sempre !
- O que te trazes a estes ares ,não te sentes bem ultimamente ? Mas a aparência está boa , só um tanto cansado , ao que percebo ...
- Doutor Simplício, o problema é que gosto muito de escrever só que escrevo sempre igual, todas as crônicas se parecem. Se eu mesmo não aguento me ler, que sou "carne da minha carne", que dirá os outros ?
- Carne da sua carne ? Que bobagem é essa ? Morda-te , que não acredito !
- Eu não, doutor, mordo muito forte, dá de arrancar pedaço ! Me ajude doutor, eu sem a caneta não sou nada , me sinto nu !
- Deixe de tolices...você não está tão magrinho assim, e não vai ser uma canetinha de nada que iria tapar "as coisas", ainda mais transparente, feito Bic.
- O que eu tenho doutor, isso tem cura ? Isso pega ?
- Meu filho, isso se chama ..." Crônica crônica", não é fácil de curar. Você está sofrendo de " Crônica crônica", onde se viu ? Que bela doença literária.
- Como se cura isso , Dr. Simplício ?
- Ora, ora ...tome uma colher de sopa de poesia todas as manhãs, em jejum , compressas de teoria literárias, chá de prosa poética, coma uns artigos com geleia à tarde, e deixe de ler algumas crônicas , selecione melhor as suas leituras, siga o que te deixa feliz, e em poucos dias estarás curado !