Para que o 100%?

Existe algo que chamam de motivação, de sonho ou de visão positiva de futuro. Isto que nos faz acordar todos os dias 5 horas da manha e dormir 11 da noite, mas o que acontece quando se alcança este sonho aos 29 anos? A mente procura traçar outras rotas mentais e define novos sonhos! Depois o ciclo se inicia novamente...., esta ai a felicidade? Talvez não.

Um freio chamado sensatez faz-se necessário. Hoje um colega do Instituto de Climatologia de Postdam em Berlim na Alemanha onde estou atualmente me perguntou como eu consigo ter 5 artigos publicados em revista especializada em um ano e dormir 9 horas por dia? Eu respondi que justamente por eu ter aprendido que o meu valor pessoal vale muito mais que o profissional parei com isso e resolvi descansar. Perdi muitas noites de sono para conquistar realizações profissionais, mas hoje não faz mais sentido toda esta correria. O stress da caminhada sai nas ``entrelinhas`` da respiração de uma conversa; a ``indiferença`` aparece no tom neutro das palavras; as vezes a vaidade aparece e surge a ausência de amor no trabalho.

Passei a trabalhar contemplando as coisas boas e singelas da vida. Isto tem me trazido paz, serenidade, sensatez e equilíbrio nas acoes. Depois dos 29 a inteligencia já não e mais tao exigida, mas sim a sabedoria.

Sabedoria para falar as palavras certas, no tom certo, na tempo adequado e para as pessoas certas. Sabedoria para saber conduzir a ``eletrocardiografia`` da vida. Se existe alguém estressado, devo procurar baixar o meu tom de voz e levar serenidade para quem escuta. Se me ocorre de encontrar alguém desanimado, devo ter uma postura encorajadora e firme (não de correção, mas de segurança) para incentivar meu semelhante.

Hoje o 100% no meu dia a dia já não importa mais, posso celebrar muito feliz meus 85%. Encontro aplicação disto todos os dias. Cada dia e' uma pagina aberta do livro chamado vida. Inteligencia na primeira fase da juventude para conquistar, mas sabedoria também e' fundamental para dar solidez na estrutura mental e, consequentemente, no comportamento diário.

Ricardo Monjam e Joao Chaunay
Enviado por Ricardo Monjam em 19/11/2017
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