Fabião das Queimadas e Alberto Maranhão
Fabião das Queimadas era quase vizinho de propriedade do Dr. Alberto Frederico de Albuquerque Maranhão, governador do Estado por duas vezes e membro da poderosa família “Albuquerque Maranhão”.
A fazenda do governador, denominada Cachoeira, estava localizada no município de São Paulo do Potengi (RN) a poucos quilômetros da pequena propriedade do poeta, Riacho Fundo.
Em suas andanças, o poeta costumava frequentar a Fazenda Cachoeira, principalmente durante o período de invernada, quando Sua Excelência costumava demorar.
Numa dessas visitas ao governador fazendeiro e grande admirador da poesia e das artes em geral, o poeta, acompanhado de sua rabeca atendeu aos mais diversos pedidos do anfitrião.
No quintal da fazenda, Fabião cantou e declamou.
Com estas quadrinhas, o poeta homenageia a sua mãe falecida:
Minha mãe era pretinha,
Pretinha que nem quixaba,
Mas o seu nome era doce,
Tão doce que nem mangaba.
Quando forriei minha mãe,
A lua nasceu mais cedo,
Pra clarear o caminho
De quem deixa o degredo.
O nome da mãe é doce
Que nem a pinha madura,
Mas passa o doce da fruta
E o doce da mãe atura.