CRÔNICA DE UMA PAIXÃO CORINTIANA.
Morando em Fortaleza, na Rua Frota Pessoa, de uma quadra só, a molecada da rua batia ponto na minha casa para brincar com meu filho mais velho de forte apache, bafo, vareta, jogo de memoria e outros, mas isso não vem ao caso. É um detalhe daquela noite inesquecível!
Sempre gostei de futebol, consigo abstrair o lado não tão bonito desse esporte e me deixo levar pela magia de um gol partido da grande área ou um escanteio quando a bola vai direta na cabeça de um atacante e este faz o gol ou ainda quando a bola parece ir reta e de repente faz uma curva e caprichosamente desconcerta o goleiro e vai para o fundo da rede. E um gol de bicicleta? E é claro, admirar a habilidade dos jogadores. Pois bem foi em 1977. O Timão não ganhava o campeonato paulista a 23 anos. A imprensa toda dava destaque a este fato e eu comecei a acompanhar os jogos, torcendo pela vitória do Corinthians. Na noite de 13 de outubro de 1977, foi a grande final com a Ponte Preta. O Timão ganhou! Fiquei eufórica, rolava no chão e depois saí correndo pela rua gritando: é campeão, é campeão e a molecada atrás de mim, fazendo coro. Penso que alguns daqueles moleques passaram a torcer pelo Timão.Até hoje quando a tv. passa esse jogo, a emoção vem à tona. Já não sou tão maluca de sair correndo na rua, mas se fosse mais jovem, como naquele ano, tenho certeza que gritaria mil vezes o nome do deste time guerreiro. E como masoquismo é para os fortes, ainda torço pelo Vasco, Fortaleza e Atlético Paranaense, que divide com o Timão as loucuras deste coração torcedor. Esclareço que não sou alienada e sem consciencia crítica por gostar de futebo.