O Mundo é mau
Nunca me canso de citar Vinícius, inclusive tenho um filho chamado Vinícius, e falo o nome dele a todo momento, isso, além de uma manifesta declaração de amor ao meu filho, me enseja , a todo momento, um louvor ao “poetinha”. Sei que poetinha é diminutivo, mas não quando não damos a ele um tom depreciativo, mas sim carinhoso, não seria nada elegante POETÃO.
Disse Vinícius de Moraes:-“São demais os perigos desta vida”. E é verdade... o mundo é mau, além de mal freqüentado.
Em crônica anterior eu teria dito que não me lembro do ano do meu nascimento, e isso também é verdade, os registros de outrora eram feitos em pedra (lembram-se da Roseta?), e no meu batistério, sim batistério, pois a certidão de nascimento, sem trocadilhos, nasceu com a República, aliás nasceram com a República todos os Registros Civis. Como a discussão gira em torno do meu registro (rupestre), posso afirmar que não assisti ao nascimento da República, ou se o assisti, eu era muito novo para guardar detalhes; a data está bem clara até o 25 de fevereiro, o ano dobrou-se aos efeitos da erosão, natural do tempo, dos ventos das chuvas, ou das discussões com Deus (agora a citação foi do Chico Buarque), a verdade é que está, mais ou menos assim: nascido aos 25 dias do ano 1....... ilegível daí por diante.
Se a reticência esconde o mesmo ano da Proclamação da República, nasci em 1889, se a reticência revela que não há mais nenhum dígito a ser registrado, significa que nasci no Ano I da era cristã, e se assim for, fica aqui a devida retificação:
“aos 25 dias do fevereiro, do ano de nascimento dele próprio...”
Se alguém insiste em saber o verdadeiro ano do meu nascimento... consulte o Antigo Testamento, pois eu não me lembro