BRASIL VERSUS INGLATERRA
Eu tirei um cochilo após o almoço e só comecei a ver o jogo aos 26 minutos do primeiro tempo. O placar era de 0 x 0 e os rapazes do técnico Tite dominavam amplamente a partida. Mas notei que Neymar e companheiros insistiam nas jogadas pelo meio e o meu velho pai, Constantino Rêgo, grande jogador no seu tempo, dizia sempre que “o negócio é jogar pelas extremas”.
Aos 34 minutos, os gringos começam a correr mais com a entrada do jovem Lingard. O Brasil, que não estava bem, segundo os narradores, todavia apresenta 70% de posse da bola.
Saio da “Globo” e vou para o “SPORT TV”, pois não estou suportando a antipatia do Galvão Bueno com o ex-juiz Arnaldo César Coelho, na condução da narrativa do confronto (êle, Galvão, parece ser o dono da verdade).
O tradicional estádio de Wembley está repleto. Segundo o narrador Luiz Carlos Junior, os gringos estão desfalcados de vários atletas importantes na sua equipe, observação confirmada pelo Lédio Carmona e o ex-técnico de futebol Muricy Ramalho.
Recomeça o jogo e o Brasil parece ter voltado melhor, jogando pelas extremas e caprichando mais nos passes. Enquanto isso, a Holanda vai massacrando a Dinamarca por 4 x 1.
Aos 21 minutos, Neymar continua prendendo a bola e é sempre dominado, esquecendo que futebol é jogo coletivo (de novo, a lembrança do meu finado pai, hoje batendo sua bolinha nos campos celestiais). Entram no time William e Fernandinho, saindo Renato Augusto e Phillipe Coutinho.
O cronômetro marca 25 minutos e Neymar insiste em prender a bola e facilita a marcação do adversário. Tite chama, então, Roberto Firmino que substitui Gabriel de Jesus aos 31 minutos. O Brasil insiste mas a Inglaterra marca muito bem e frustra as tentativas da seleção canarinha.
Neymar arranca aos 39 minutos, passa a bola e Paulinho quase marca, com a bola explodindo no peito do bom goleiro inglês (o Brasil vinha enfrentando só equipes sul-americanas nos seus preparativos).
Aos 43 minutos Allysson (ótimo guarda-valas) salva o Brasil, num ataque rápido dos ingleses e aos 44 Neymar avança, fominha, não passa para Roberto Firmino correndo pela sua esquerda e chuta pra fora. Lédio Carmona contabiliza 65 passes errados do Brasil contra 44 da Inglaterra. Muricy Ramalho critica o lateral Marcelo, achando-o muito displicente na partida e considerou Cassemiro como o melhor jogador do Brasil no prélio.
Em seguida o bom árbitro inglês apita e dá por terminado o amistoso.
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B.Hte., 14/11/17