Livre Arbítrio
Tão defendida! Tomava pessoal qualquer comentário. Se o professor de pintura avisava ia parar as aulas, chorava. O que fez? A bananeira de casa morreu, culpa dela? Não por acaso, muito rolou, terapias, o trabalho braçal de escrever, e o de pintar, fazer comida, a luta no dia a dia, brigar consigo e corpar a sombra, aí, a fichas cairam, Meu Deus, como me defendo, tomo para mim o que não é meu. Libertar-se de repente? Não sonhava mais com isto, nem ver, se o trabalho continua... Perceber como se defendia isto sim a alegrou. E apesar dos jeitos de ser, de estar na vida, dos padrões vivos, do medo das aprontações e armadilhas, saber deles fazia toda a diferença. Às vezes agora, até podia escolher.