Não se faz mais políticos como antigamente
Veja o que fala o escritor e historiador Lauro Pinto no programa Memória Viva da TV Universitária, sobre o governador ANTONIO DE SOUZA:
“Antônio de Souza de Souza era um governador muito emproado. Andava sempre de branco, era um homem muito alinhado. Usava bengala e era ‘caxias’ ao extremo. Tudo dele tinha que ser ali, na hora”.
E conta o seguinte ocorrido:
Ele (Antônio Souza) todo ano ia invernar lá onde ele tinha uma fazenda, não me lembro agora o nome. Passava o governo ao vice-governador e ia para casa. No dia seguinte tomava o fordizinho bigode e ia invernar.
Um dia ela passou o governo – se não me engana a memória – para o Dr. Augusto Leopoldo, que era o vice-governador, e foi para casa.
Às cinco horas da manhã, chega o chofer do Estado, buzinando.
- O que é?
- Senhor Governador...
- Não sou governador, o governador é o doutor Augusto Leopoldo. Ontem, até às três horas da tarde eu era o governador.
- Está aqui o carro para Vossa Excelência ir...
- Não. O carro é do Estado e eu não posso me servir do carro do Estado para ir para um passeio meu.
E não aceitou o carro do Estado. Era um homem nessas condições. Morreu paupérrimo. Tão pobre que o Estado dá uma pensão a duas irmãs dele solteiras. Era um homem honestíssimo”.
NOTA: Sobre o ex-governador do RN (duas vezes) e escritor Antônio de Souza, tratamos em outros artigos deste Blog.
Djahy Ferreira Lima é contador e advogado.