Educação Hollywoodeana

Não é possível que ninguém tenha notado que o Brasil de hoje foi educado pelos estúdios de Hollywood e da Walt Disney.

Todas aquelas cenas de tiroteios inspiraram novos paradigmas de heróis, que apesar de se basear numa antiga satisfação de força, persuade em qualquer circunstância, inclusive em matar, mote do bem, pela beleza do bom. E o que dizer dos casados que inspiraram romances felizes, todos prontos e aquecidos. Mas a saga da formação de caracteres não para, mas recentemente o humor propõe vencer a dor, há também terapia de grupo e um show-man, recém suicida, pronto para sair de si e nunca mais voltar, todavia, colado com seu público .

Estamos no séx. XXI, onde a platéia é o espelho da veia conspiratória. É coragem daqui, auto-estima de lá, palavras que a vizinha não relata como um medo que roubem sua plantação, mas enconde-se nas falas de gatos e temperos: Uma verdade suprema. E tudo cria Hollywood, como um mapa de fazer caracteres humanos universais, busca na tragédia, renovação para a bondade do homem. "Precisamos de tragédia", dizem eles, amemos e matemos como heróis. Pronto! Tá decidido. Somos heróis, então, devemos matar.

Para se ter uma noção, vi muitos "police man" acariciando seus canos nos filmes antigos. Hoje os vejo nas ruas, de canos e roupa apertada, como na guerra, criados pela necessidade de um e aprimorado pelos estúdios é a lei Justificada numa saga. É sempre a mesma coisa: "Persigam, dizem eles, vamos pegá-lo, ueo,ueo, ueo, ueo. Santa missão!

Mas a influência dos estúdios não param por aí. Por exemplo, hoje é notório copiar Charlim Chaplin para Donald Trump, com um pouco de Michael Jackson no segundo é claro. Isso nunca poderia acontecer sem Hollywood. Se isso ocorre, isto é, se há alguém formando caracteres, o que deseja: Formar os seus ou divertir pelo lucro? Caso opte pela segunda, basta saber que o lucro maior é tê-lo todo, eternamente.

Fazer o que, rezar é boa parte do que sabemos. Sem isso teríamos que viver migrando em busca da diferença. Mas agora a diferença chega em casa, nas telas, de modo que se alimentar de caracteres é função que passa por ligar as cores, matar a pluralidade e fazer da cultura, eterno tédio que cheira a verdade morta.

Pingado
Enviado por Pingado em 10/11/2017
Reeditado em 10/11/2017
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