Resgatado do Facebook
6 de novembro de 2013 às 18:52
Não É Bike. É Bicicleta.
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6 de novembro de 2013 às 18:52
Não É Bike. É Bicicleta.
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Quem diria que a visita à minha 'hairstylist', Dona Neide aqui no Itaum, fosse render uma aula de história.
Pois bem, o Senhor Luis de 68 anos anda pra lá e pra cá pela cidade na sua bike Prosdócimo que tem 61 anos.
Bike não! Segundo Seu Luis, é BICICLETA ou carinhosamente chamada de 'ZICA' por essas bandas.
Seu Luis não é nenhum adepto do 'fitness'. Sempre teve bicicleta, esta mesma bicicleta para ser exato. Primeiro, para pedalar pela cidade e ir à escola, nos dias sem aula ele caçava na Mata Atlântica com seus amigos e mais tarde para trabalhar e até namorar.
Para quem não sabe, Joinville é conhecida como a 'Cidade das Bicicletas', além de mais outros dois títlos: 'Cidade das Flores' e 'Cidade dos Príncipes'.
Mas por que 'Cidade das Bicicletas'? Vamos à nossa aula de história ...
Com o fim da II Guerra Mundial, o Brasil deixou de receber produtos industrializados importados da Europa e teve que correr atrás. Joinville soube se virar muito bem por ser uma cidade industrial e com o aumento da procura por compressores para geladeiras, usinagem, etc. houve um surto de crescimento de indústrias na cidade tão significativo entre as décadas ´50 e´80 que Joinville se tornou um importante polo industrial assim como a cidade de Manchester da Inglaterra que revolucionou a industria ao usar a máquina a vapor na indústria têxtil pela primeira vez em 1789. Assim, Joinville passou a ser chamada de Manchester Catarinense. Mais um 'título' para cidade. O que o JEC não tem de título no futebol, Joinville tem de sobra.
Naquela época, só quem ganhava um salário muito, muito bom tinha carro que era considerado artigo de luxo. Sem contar com carro próprio e o transporte público precário, a classe operária recorreu à santa bicicleta. Até 1980, mais de 30% dos deslocamentos eram feitos de bicicleta e chegavam a formar congestionamentos nas ruas principais que levavam às industrias como a Fundição Tupy (fundada em 1938), Schulz S.A. (1963) e Embraco (1974).
Para se ter uma idéia, a Tupy de Joinville emprega cerca de 9 mil funcionários hoje em dia, só na sua matriz aqui em Joinville e mais 4 mil em suas filiais.
A primeira visita que fiz à Joinville pude ver a saída de centenas de funcionários em cima de suas bicicletas às 17 h. A rua da casa da minha sogra ficava totalmente infestada por bicicletas e não tinha como sair pelo portão durante uns cinco minutos. Posso ouvir como se fosse hoje aquele zumbido alto produzido pelas bicicletas todo fim de tarde.
Até o início de 2004, quase todas as lojas tinham um BICICLETÁRIO = estacionamento para bicicletas. Hoje, com a repaginada das lojas, o bicicletário ficou de fora por falta de usuários, mas alguns comércios, escolas e indústrias ainda conservam o estacionamento exclusivo para bicicletas.
Vamos voltar à crônica sobre a bicicleta do Seu Luis.
Vejam só, genteeee! A bicicleta do Seu Luis tem equipamento para consertar pneu furado. Pode? Pode sim! A bolsa logo embaixo do celim tem tudo que é preciso para fazer o serviço completo.
Amei ouvir a história da bicicleta do Seu Luis. Ah! Tava esquecendo de um detalhe: quando ele pedala, a energia toda que ele produz acende a lâmpada! Massa, não é mesmo?
Luciane, minha amiga bióloga e amante da natureza, aprovaria na certa.
Pois bem, o Senhor Luis de 68 anos anda pra lá e pra cá pela cidade na sua bike Prosdócimo que tem 61 anos.
Bike não! Segundo Seu Luis, é BICICLETA ou carinhosamente chamada de 'ZICA' por essas bandas.
Seu Luis não é nenhum adepto do 'fitness'. Sempre teve bicicleta, esta mesma bicicleta para ser exato. Primeiro, para pedalar pela cidade e ir à escola, nos dias sem aula ele caçava na Mata Atlântica com seus amigos e mais tarde para trabalhar e até namorar.
Para quem não sabe, Joinville é conhecida como a 'Cidade das Bicicletas', além de mais outros dois títlos: 'Cidade das Flores' e 'Cidade dos Príncipes'.
Mas por que 'Cidade das Bicicletas'? Vamos à nossa aula de história ...
Com o fim da II Guerra Mundial, o Brasil deixou de receber produtos industrializados importados da Europa e teve que correr atrás. Joinville soube se virar muito bem por ser uma cidade industrial e com o aumento da procura por compressores para geladeiras, usinagem, etc. houve um surto de crescimento de indústrias na cidade tão significativo entre as décadas ´50 e´80 que Joinville se tornou um importante polo industrial assim como a cidade de Manchester da Inglaterra que revolucionou a industria ao usar a máquina a vapor na indústria têxtil pela primeira vez em 1789. Assim, Joinville passou a ser chamada de Manchester Catarinense. Mais um 'título' para cidade. O que o JEC não tem de título no futebol, Joinville tem de sobra.
Naquela época, só quem ganhava um salário muito, muito bom tinha carro que era considerado artigo de luxo. Sem contar com carro próprio e o transporte público precário, a classe operária recorreu à santa bicicleta. Até 1980, mais de 30% dos deslocamentos eram feitos de bicicleta e chegavam a formar congestionamentos nas ruas principais que levavam às industrias como a Fundição Tupy (fundada em 1938), Schulz S.A. (1963) e Embraco (1974).
Para se ter uma idéia, a Tupy de Joinville emprega cerca de 9 mil funcionários hoje em dia, só na sua matriz aqui em Joinville e mais 4 mil em suas filiais.
A primeira visita que fiz à Joinville pude ver a saída de centenas de funcionários em cima de suas bicicletas às 17 h. A rua da casa da minha sogra ficava totalmente infestada por bicicletas e não tinha como sair pelo portão durante uns cinco minutos. Posso ouvir como se fosse hoje aquele zumbido alto produzido pelas bicicletas todo fim de tarde.
Até o início de 2004, quase todas as lojas tinham um BICICLETÁRIO = estacionamento para bicicletas. Hoje, com a repaginada das lojas, o bicicletário ficou de fora por falta de usuários, mas alguns comércios, escolas e indústrias ainda conservam o estacionamento exclusivo para bicicletas.
Vamos voltar à crônica sobre a bicicleta do Seu Luis.
Vejam só, genteeee! A bicicleta do Seu Luis tem equipamento para consertar pneu furado. Pode? Pode sim! A bolsa logo embaixo do celim tem tudo que é preciso para fazer o serviço completo.
Amei ouvir a história da bicicleta do Seu Luis. Ah! Tava esquecendo de um detalhe: quando ele pedala, a energia toda que ele produz acende a lâmpada! Massa, não é mesmo?
Luciane, minha amiga bióloga e amante da natureza, aprovaria na certa.