Socialismo -Centenário da Revolução Russa.

Ontem, dia 07 de novembro foi o centenário da Revolução Russa (1917), quando o povo cansado de sofrimento e descaso da autocracia reinante , uma monarquia absolutista ( O Czar-Nicolau II), tomou o poder à força através dos "bolcheviques", o Partido do Lênin . Os partidos moderados também foram depostos , iniciando-se uma guerra civil, que durou até 1922, consolidando um novo governo.

Hoje a Rússia é um país muito diferente do que foi no Século XX, quando tinha 15 repúblicas indexadas, formando a União Soviética, e nem o Socialismo existe mais como regime, desde 1991, com Boris Yeltsin, se bem que devemos lembrar que o processo todo foi iniciado por Gorbachev, um dos homens mais capazes do século passado.

Para termos uma ideia, hoje o Partido Comunista na Rússia tem 17% dos eleitores , o que ainda é um numero significativo, e o atual presidente , Putin, tem aprovação de 50% da população, o que é razoável, aqui sim se nota que ele não tem tanto apoio. Ele ainda tem cerca de seis anos de governo para convencer os outros 50%.

A Rússia não é um país Socialista, nem há uma ditadura, mas a sua democracia é um simulacro ; o Parlamento funciona, as eleições funcionam, o judiciário segue as leis, mas não o espírito das leis, que são manipuladas para atender Vladimir Putin.

As manifestações acontecem, como em todas as partes, só que os manifestantes são multados por desordem, alegando-se que descumprem as leis estabelecidas, o que prova claramente que não há uma liberdade de expressão plena.

A democracia na Rússia vem crescendo; em 2006 eram 37%, em 2012 passaram para 48%, e hoje deve estar por volta de 60%, o que reforça ainda mais a força do povo contra o antigo Socialismo.

Vamos voltar um pouco na história, só um pouquinho, porque é importante mencionar.

Quando terminou a Segunda Guerra Mundial, em 1945, os aliados venceram , como todos sabem, e o mundo se dividiu entre EUA e Rússia, países ideológica e politicamente antagônicos, então os americanos inteligentemente vieram com o Plano Marshall, para reconstruir a Europa arrasada, incluindo a Alemanha vencida, investindo pesadamente e colocando empresas à todo o vapor, gerando empregos e produtividade em massa, mas tudo isso tinha apenas um propósito; o de impedir o socialismo de se instaurar e se propagar no frágil continente, ou seja, era o início da Guerra Fria, a luta do Capitalismo contra o Comunismo.

Quando os russos se deram conta, a inteligência americana vencera no tabuleiro, foram mais rápidos, e até o Japão havia sido incluído na mapa de ajuda.

Muitos colegas acham que sou de esquerda e socialista, mas não é verdade, nunca fui, o que faço com ênfase é me preocupar com as diferenças sociais, a desigualdade, a distribuição mais justa de renda, e isto nada tem a ver com partidos ou ideologias, porque pouco entendo disso, mas tem a ver com uma sociedade menos arrogante e com mais visão.