Adeus a um quase amor
Hoje em meio à tarde chuvosa e linda, onde deveras estava feliz... Li alguns livros, belos poemas e fiz um chá... Sentei em frente à janela e lembrei de momentos que passei para enfim nessa paz estar...
Anotei mentalmente cada detalhe doce e os amargos também, aqueles detalhes onde foram essências para além da paz descobrir esse doce amor que hoje acalanta meu coração...
E descobrir depois de tudo a doçura de ser namorada de poeta... Essa mágica sensação... Porém, antes precisei passar por dias difíceis e momentos muito dolorosos que terminaram quando enfim vesti-me de preto...
É vesti-me de preto, parece estranho? Mas não é.... Venha que lhe explico no caminho...
Coloquei aquele chapéu que acho um charme, sabe, aquele rendado onde em frente ao rosto há um véu negro e um belo vestido justo, apertado. Fui ao funeral de um quase amor. Decidi enterrar em uma ou duas taças de açaí. Ali na praça, uma quadra do antigo prédio que morei, em uma doce e calma tarde, tão calma que quase sombria se fez...
Me sentei e calmamente pedi uma taça de açaí e disse que não queria mais, que seria o último, que não atenderia as chamadas e nem leria as mensagens, WhatsApp deixei de lado, coloquei em modo avião para garantir que não seria tentada a visualizar, pois assim sei que sem o doce toque da entrada eu não mais tenha que segurar as mãos para com um toque delicado abrir e deslumbrar outra vez essa dor.
Deletei da agenda o nome, da minha vida a presença. Respirei meus últimos segundos de paciência e depois de tanto choro, somente ri ao dizer adeus. Um choro amargo de quem pouco podes lembrar, de quem tanto fez por merecer esse adeus. Depois, senti-me livre... Sim ironicamente livre por afastar-me de passos que bailam com a solidão, daquela dor que não era minha e assim eu a provocava...
Sai da sorveteria terminando devagar um chocolate que precisei para garantir alguns segundos de alucinação. Enterrar um quase amor é como estar de dieta... Mas como tal nunca levei a sério. É tentador voltar atrás. É tentador desenterrar tudo outra vez e por um segundo resgatar cada detalhe pesaroso. Por isso, volto e compro mais um chocolate para que minha mente sinta um leve êxtase e apague o enterro e reste somente as lágrimas.
É senti mais algumas lágrimas escorrerem embaixo do véu delicado. Com tudo encontro mais perguntas que respostas. E agora, o necessário é um adeus. É dizer adeus a tudo que construí de você e você de mim. É ter agora no passado um estranho. Alguém que não mais sonha e agora não entende como pode com este sonhar estar junto.
Descobri que um punhado de terra e uma leve coragem resolve alguns dos detalhes.
Terminar um quase amor não é desistência em si, é uma forma de provar do amor próprio, é dar uma chance ao seu coração. E sentir perder-se por sentir tanto por tão pouco. A intensidade deve ser reciproca, se o florescer não vir de ambos nada poderá florir. O amor é uma incógnita... Não há certezas ou dúvidas exatas na vida... Somos capazes de partir do amor ao ódio em questão de segundos.
Amei, me entreguei, gritei e sussurrei a todos os momentos de meu luto, buscando encontrar uma lógica para algo irracional. Busquei uma entrega, que somente eu dei. Supliquei para que meu coração estivesse sentindo coisas erradas, para que nada fosse real, mas o verdadeiro amor não se vale de súplicas, ele é para os fortes. Para os intensos. A fraqueza por vezes nos obriga aceitar migalhas, quando as recebemos ah! Imaginamos sentir o coração transbordar.
O luto às vezes existe por sentimentos, amores que quase tornaram-se um amor... Viver um luto, nos rega e nos mostra o quanto vale a pena tentar outra vez... Viver o luto monstra o quão valiosa é a minha companhia e que ninguém tem o direito de tirar minha paz...
Viver é amar... Amar a vida... Amar os sonhos... Amar-se em primeiro lugar para enfim poder aprender a amar o outro...
Quando enfim aceitei meu luto, docemente chegaste o florescer ao novo amor onde ele pode surgir, para curar e livrar-me daquelas vestes negras. E depois que aceitei meu pesar pude tudo novo deixar florir... E sabe a melhor parte? É descobrir que agora um novo amor chegou e ele se faz presente em cada um de meus versos em cada pedacinho do meu ser...
Como disse uma amiga à mim outro dia quando vistes que decidi recomeçar: “Depois da tempestade minha querida, chega a bonança”. Por isso, o luto deve ser vivido sim, contemplando a despedida de cada detalhe, para então se reconstruir e poder enfim se reconstruir...
Hoje em meio à tarde chuvosa e linda, onde deveras estava feliz... Li alguns livros, belos poemas e fiz um chá... Sentei em frente à janela e lembrei de momentos que passei para enfim nessa paz estar...
Anotei mentalmente cada detalhe doce e os amargos também, aqueles detalhes onde foram essências para além da paz descobrir esse doce amor que hoje acalanta meu coração...
E descobrir depois de tudo a doçura de ser namorada de poeta... Essa mágica sensação... Porém, antes precisei passar por dias difíceis e momentos muito dolorosos que terminaram quando enfim vesti-me de preto...
É vesti-me de preto, parece estranho? Mas não é.... Venha que lhe explico no caminho...
Coloquei aquele chapéu que acho um charme, sabe, aquele rendado onde em frente ao rosto há um véu negro e um belo vestido justo, apertado. Fui ao funeral de um quase amor. Decidi enterrar em uma ou duas taças de açaí. Ali na praça, uma quadra do antigo prédio que morei, em uma doce e calma tarde, tão calma que quase sombria se fez...
Me sentei e calmamente pedi uma taça de açaí e disse que não queria mais, que seria o último, que não atenderia as chamadas e nem leria as mensagens, WhatsApp deixei de lado, coloquei em modo avião para garantir que não seria tentada a visualizar, pois assim sei que sem o doce toque da entrada eu não mais tenha que segurar as mãos para com um toque delicado abrir e deslumbrar outra vez essa dor.
Deletei da agenda o nome, da minha vida a presença. Respirei meus últimos segundos de paciência e depois de tanto choro, somente ri ao dizer adeus. Um choro amargo de quem pouco podes lembrar, de quem tanto fez por merecer esse adeus. Depois, senti-me livre... Sim ironicamente livre por afastar-me de passos que bailam com a solidão, daquela dor que não era minha e assim eu a provocava...
Sai da sorveteria terminando devagar um chocolate que precisei para garantir alguns segundos de alucinação. Enterrar um quase amor é como estar de dieta... Mas como tal nunca levei a sério. É tentador voltar atrás. É tentador desenterrar tudo outra vez e por um segundo resgatar cada detalhe pesaroso. Por isso, volto e compro mais um chocolate para que minha mente sinta um leve êxtase e apague o enterro e reste somente as lágrimas.
É senti mais algumas lágrimas escorrerem embaixo do véu delicado. Com tudo encontro mais perguntas que respostas. E agora, o necessário é um adeus. É dizer adeus a tudo que construí de você e você de mim. É ter agora no passado um estranho. Alguém que não mais sonha e agora não entende como pode com este sonhar estar junto.
Descobri que um punhado de terra e uma leve coragem resolve alguns dos detalhes.
Terminar um quase amor não é desistência em si, é uma forma de provar do amor próprio, é dar uma chance ao seu coração. E sentir perder-se por sentir tanto por tão pouco. A intensidade deve ser reciproca, se o florescer não vir de ambos nada poderá florir. O amor é uma incógnita... Não há certezas ou dúvidas exatas na vida... Somos capazes de partir do amor ao ódio em questão de segundos.
Amei, me entreguei, gritei e sussurrei a todos os momentos de meu luto, buscando encontrar uma lógica para algo irracional. Busquei uma entrega, que somente eu dei. Supliquei para que meu coração estivesse sentindo coisas erradas, para que nada fosse real, mas o verdadeiro amor não se vale de súplicas, ele é para os fortes. Para os intensos. A fraqueza por vezes nos obriga aceitar migalhas, quando as recebemos ah! Imaginamos sentir o coração transbordar.
O luto às vezes existe por sentimentos, amores que quase tornaram-se um amor... Viver um luto, nos rega e nos mostra o quanto vale a pena tentar outra vez... Viver o luto monstra o quão valiosa é a minha companhia e que ninguém tem o direito de tirar minha paz...
Viver é amar... Amar a vida... Amar os sonhos... Amar-se em primeiro lugar para enfim poder aprender a amar o outro...
Quando enfim aceitei meu luto, docemente chegaste o florescer ao novo amor onde ele pode surgir, para curar e livrar-me daquelas vestes negras. E depois que aceitei meu pesar pude tudo novo deixar florir... E sabe a melhor parte? É descobrir que agora um novo amor chegou e ele se faz presente em cada um de meus versos em cada pedacinho do meu ser...
Como disse uma amiga à mim outro dia quando vistes que decidi recomeçar: “Depois da tempestade minha querida, chega a bonança”. Por isso, o luto deve ser vivido sim, contemplando a despedida de cada detalhe, para então se reconstruir e poder enfim se reconstruir...
Por isso, quando tudo passar:
Permita-se florescer!
Permita-se florescer!