Aquela doce menina.

Cor de índia, cabelos longos escuros, um belo lábio esperando para que fosse beijada, eu mais uma vez ali, sem ser notado.

Mas foi aquele abraço apertado que estalou em meu coração o gosto de te querer amar, aquele sorriso cativante, mesmo você ainda sendo menina travessa, determinada, envolvida e envolvente, talvez tenha sido no balançar das idas e vindas no metrô de Botafogo que me fizeram te desejar, te querer, te dominar, possuir aquele corpo em um lugar propicio para o amor.

Lembro daquele beijo, antes do 478 partir na central, lembro também de nossa primeira noite, que eu não tive no meu melhor dia, mas que não foi menos importante por conta disso, lembro de todo carinho, e amor, que eram despejados, mesmo quando você tinha que subir na laje para puxar o fio do telefone público para dentro do seu quarto( ou achou que eu não ia lembrar dessa passagem?).

E porque não lembrar de quantas vezes matamos trabalho para ficarmos mais tempo juntos, os almoços que estivemos juntos, mesmo separados, e como se minha alma estivesse ligado na sua, e você sabe bem do que estou falando, pois isso ainda acontece com você.

Ali eu me sentia iniciando a preparação para uma nova vida, ainda muito cru, mais com um potencial muito grande para te amar, sentir seu corpo, ouvir sua voz, contemplar aquele momento que sempre foi magico, foi único durante todos os anos que me comprometi a ser seu, e você somente minha.

Hoje entendo claramente, que aquilo tudo não passou de um treinamento para uma nova etapa, mas que ainda fica aquela sensação de como teria sido , se seguíssemos juntos daquele momento em diante?.

Leandro Vidile
Enviado por Leandro Vidile em 06/11/2017
Código do texto: T6164519
Classificação de conteúdo: seguro