A PIOR DAS PESSOAS.

Mas se todos somos desiguais, necessária e biologicamente, por nascermos desiguais, qual a razão que sustenta essa confrontação existente entre os humanos?

Somos como pessoas iguais e pretendemos o melhor para nós, mas somos desiguais no que foi conferido pela natureza a cada um de nós em potencialidade, dons e talentos, enfim, inteligência.

Dá-se o impasse. Ocorre a ruptura da possível harmonia.

A origem reside na distribuição dos que adquirem mais por força do que a natureza lhes concedeu de aparelhamento para desenvolverem-se, e assim mais progredirem. Resta inequivocamente desigual. Sem nenhuma culpa de origem. Uns têm mais que outros. A capacidade de cada um é diversa.

De fácil equação caminhar da origem até os resultados sociais. Uns adquirem mais outros menos segundo seus dons. Esse entendimento pacífico da destinação da natureza reflete-se na obviedade, formalização social divisionária que ninguém com intelecto mínimo pode contestar.

Surge a generosidade e o egoísmo nessa cena de desigualdades com base na natureza de cada um.

Qual a solução encontrada?

Surgem, ocorrem doutrinas e sistemas que seriam criativas para equalizar desiguais, harmonizar desigualdades. Sem proveito.

Os Estados absorvem essas criações no curso do tempo em suas gestões, ditam leis. Tudo sem razoável sucesso, com reduzidas exceções em baixas demografias de máxima civilidade. Pouquíssimas.

Não evitam ou evitaram confrontos as doutrinas, sistemas, ideologias, antes acirraram os enfrentamentos.

As religiões pretendem e pretenderam atingir essa igualdade. Alicerçadas em alguns personagens máximos, principalmente Jesus de Nazaré, a quem tanto devem os direitos humanos marcados nas legislações de escol.

Não conseguiram, não conseguem, permanecem as desigualdades. Pouco se formalizou com o bem lançado aos tempos por esse significativa oralidade Cristã de ensinamentos que inspirou sabedorias singulares.

Teístas, existem também homicidas, hoje em moda, mesmo no mundo moderno.

O teísmo conservador enfrenta a principal característica do Deus Pessoal. Perfeito e Onipotente, Deus é o puríssimo bem. É paradoxal o bem incorporado em Deus permitir o mal; é inadmissível em lógica formal. Mas sem dúvida a presença do mal implica na ausência de Deus. Alguns acreditam no contrário.

Renasce o enfrentamento da lógica. Ao menos a filosofia explica alguma coisa.

Por causa do mal se nega a existência de Deus, de forma que por conforto responsabiliza-se um Deus pessoal pelo sofrimento das criaturas.

Se Deus é bom de onde vêm essas criaturas que fazem sofrer? Some-se a indagação descabida.

O mundo segundo Voltaire é o pior dos mundos, e esse pior é em razão dessas criaturas. Não há mundo sem gentes, sem bondades e maldades.

E vamos nele navegando. O mundo é líquido, em sua maior parte, expressiva, somos líquidos e vamos ao pó quase como líquido. O cadáver resseca, os vermes são úmidos.Com as piores pessoas, e algumas poucas melhores, vamos navegando até o mar da eternidade. Creio que só lá haverá PAZ.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 06/11/2017
Reeditado em 06/11/2017
Código do texto: T6164098
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