CHEGA DE REGRAS
Por diversas razões, é maravilhosa a inexistência de times de futebol profissionais aqui no Maranhão. Caso Moto, Sampaio e MAC tivessem a mesma importância de Vasco, Flamengo e Corinthians, as equipes daqui da província contariam com torcidas organizadas de verdade, que certamente seriam tão bárbaras quanto as do Sudeste, que volta e meia vandalizam e assassinam — outra prova indiscutível de que o Brasil só é o tal “país do futebol” dentro das quatro linhas. Longe dos gramados, é um desastre total.
Como é que se pode aceitar que o um torcedor seja assassinado em uma fila, enquanto aguardava a oportunidade de trocar os ingressos da partida Ponte Preta x São Paulo (contaminada pela desonestidade da desgraça que atende pelo nome Edílson Pereira de Carvalho)?
Agora, a Federação Paulista de Futebol aprova uma proposta de proibir torcedores de time não-mandantes de entrarem com a camisa do mesmo nos estádios, em dia de clássico. Explicando melhor: quando o jogo for Santos x Palmeiras, os palmeirenses não aparecem na Vila Belmiro ou no Pacaembu com a camisa do Verdão. Qualquer camisa do Verdão. Isso para evitar confrontos entre torcidas organizadas.
Mas o que os “gênios” que “administram” o futebol brasileiro não percebem ou não querem perceber é que o melhor jeito de evitar mais mortes de torcedores inocentes será banir de uma vez por todas dos estádios as gangues denominadas torcidas organizadas. Chega de regras inúteis. Chega de simples medidas paliativas. Se o STJD, as Polícias Militares, a Justiça comum e o Governo Federal (sempre omisso nesse assunto) não tomarem uma providência tão simples quanto esta, os jornais em todo o país continuarão noticiando mortes ocorridas em uma guerra que não precisou ser declarada.