Futebol
Para falar do futebol de Campinas, que no momento passa por uma fase muito difícil, temos de, primeiro, conhecer um pouco de sua gloriosa história, sem nos deixar envolver por paixões clubisticas, ou mesmo paixões ignorantes.
Em épocas passadas fomos taxados como a capital do futebol (nos anos finais da década de 70). Hoje, nossos times já não mais tem jogadores que davam toda sua capacidade técnica, com amor e fibra.
Desde 1942, eu acompanhei Guarani e Ponte Preta, com meus 8 anos de idade. Vi grandes craques nas duas agremiações. Muitos jogadores que ficaram na minha memória, como bandeiras dos dois clubes.
Na Ponte Preta eu vi jogar Stalingrado, Serafim, Belém, Tatias, Cilas, Nardinho, Bruninho, Bibe, Átis, Sabará, Friaça, Rodrigues, Dicá, Inglês, e outros. Jogadores que “comiam até a grama” para dar a vitória á sua equipe.
No Guarani vi Cesarino, Nenê, Tiziani, Silva, Pavuna, Piolim, China, Zuza, Careca, Zenon, e outros.
Para mim, na Ponte Preta, salvo outros que não vi, Bruninho e Rodrigues, e no Guarani, Nenê e Piolim, representaram a bandeira de ambas agremiações.
Na minha modesta opinião, Zuza, do Guarani, foi o melhor centroavante que vi jogar. Goleador nato. Batia penalidades máximas perfeitas, as bolas não chegavam ao fundo da rede, tamanha sua técnica. Cheguei a vê-lo bater 9 penalidades num torneio início. Nunca perdeu um pênalti.
Para endossar o que eu afirmei sobre Zuza, certa vez um jornalista perguntou a Leônidas da Silva se ele se considerava o melhor centroavante do Brasil. Leônidas respondeu: “Posso ser o mais famoso, mas o melhor está em Campinas e se chama Zuza”.