Um pouco mórbido

Zelosos, como sempre são, os parlamentares brasileiros queriam estar preparados para o que desse e viesse, afinal eles sabem que “bicho ruim não morre”, é somente uma lenda urbana, morre sim. Em assim pensando, deram início aos preparativos para o cortejo funerário, logo que o presidente ficou doente... prevenção e cautela, bem com caldo de frango, sempre são prudentes, o que não é prudente é a ração do Dória.

A escolha do local para o velório não foi nada que preocupasse, pois com a rejeição do “de cujus”qualquer espaço, por menor que fosse, atenderia a demanda, visto que pelo iminente morto ninguém tem o menor apreço; fica aqui um a parte meu: vocês conhecem aquele reservado, onde deixamos o botijão de gás vazio, e a distribuidora substitui por m botijão cheio? É espaço estritamente necessário para atender a um botijão sem gás... que é o caso do nosso presidente, totalmente esvaziado.

Não foi fácil encontrar carpideiras que chorassem no velório, elas sempre queriam ganhar em dobro, quando ficavam sabendo para quem deveriam chorar.

Sendo certo de que o Juízo Final seria no inferno, foi necessário providenciar novas malas, dessa feita à prova de calor, para evitar minuciosas investigações, como nunca foram feitas por aqui...em tempo de vida.

Tudo em vão, o presidente não morreu, de qualquer forma não se descartou nada do que foi cuidado com tanto esmero, é sabido que ninguém é eterno

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 04/11/2017
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