Escravos modernos
Escravos modernos
Depois de analisarmos, as palavras da Desembargadora aposentada, sobre seu salário. Nada mais humano, que prestarmos apoio e nos solidarizarmos, a sua modesta pretensão. Afinal, perto do que ganha, seu contratante, ela, quase nada. Majorar seu pífio salário, pouco mais que “trintinha”, que mal há? Seria um nobre ato. Afinal, mal dá para ela comer. Que tal uma corrente?
Claro, se for olhar pelo que ganha, sei lá, uns 70% dos aposentados e grande parte da população, daí é desproporcional. Trinta e um mil reais, perto de oitocentão, é muita grana. Um mês de aposentadoria, serviria mais, de trinta e um aposentados, que recebem, com base no salário mínimo.
Entretanto, os oitocentão, refletem melhor, os escravos do século vinte e um. Estes hoje, não parecem muito aquém, dos seus anteriores. Recebiam uma merreca, ou nada, mas gozavam de certos prazeres, que os de hoje, nem sonham existir. Aqueles tinham casa, segurança, alimentação, pasmem, muitos viviam dignamente.
Os escravos modernos, trabalham até os sessenta e cinco anos. E seus amos, os tratam com as migalhas, da dignidade humana. Se conseguirem se alimentar, bem, se não, o mundo é cruel. Moradia e segurança é artigo de luxo, onde os oitocentão, não satisfazem. Saúde, só depois do atchim, quando alguém lhe diz isto.
Sem mencionar que trabalharam, quarenta, cinquenta anos e metade destes, apenas para pagar impostos. Impostos estes, que são divididos, em farras com jatinhos. Com o superfaturamento de obras, benesses (décimo quarto salário, décimo quinto, auxilio paletó, auxilio hospital, auxílio ajuda, na falta de auxilio), e mais uma infinidade de absurdos.
"Deus, seja feita vossa vontade, assim na terra como no céu". Então, sendo todos nós, a Sua imagem e semelhança, por que estes senhores, se valorizam mais? Eles mesmos dizem isto, no livro deles, uma tal de constituição federal. Tá escrito, num tal de artigo quinto, onde todos são iguais perante a lei e um monte de blá, blá, blá. Mas sei não, tá parecendo caviar, nunca vi, nem comi, eu só ouço falar.
Seus salários, sobem a três por quatro e tem cada desculpa, sem pé nem cabeça. “Apenas seguimos a lei, temos direito adquirido, em países de primeiro mundo, este é o salário de um político e mais uns blá blá blá”. Ok, lá os caras podem até ter, salários muito bons, entretanto, fazem por merecer. Aqui, se houvesse justiça e fosse feita, nossos políticos, mereceriam apenas, cadeia. Só desviam, dão calote, superfaturam e para acabar uma obra, pedem adendo.
Deus, dá uma ajuda ai, tá difícil. A luz no fim do túnel, a esperada justiça é na verdade um trem, sem freio, na contramão. Agora, deu pra tomar decisões, contrárias a lógica.
Que tal, se o Senhor chamasse eles, para uma conversa de pertinho. Estilo aquela música; “senta aqui neste banco, pertinho de mim, vamos conversar...”. Sabe né, refrescar a memória dessa galera. Mostrar um filminho, que o Senhor tem aí, do Sergio Naya, PC Farias, Pitta e outros que imagino, devem morar na casa do, é, bem, no forno do coisa ruim. Ou, mostre uns filminhos, de como tá feliz outro pessoal, Cabral, Eike, os Batista, que não são amados e outros. Quem sabe assim, esta galera pare de matar a mão que os alimenta.
Gostaria de dizer, fique tranquilo Pai, confiamos no Senhor. Apenas dói essa carnificina toda. Que seja verdade, aquilo que falam os espiritas.
A data está marcada. Há muitos cartazes espalhados, só não lê quem não quer.
Paulo Cesar