A POLÍTICA BRASILEIRA.

Um dia desses, quando eu estava caminhando próximo a minha casa, atentei-me a conversa de dois senhores, a história que um deles contava era no mínimo bizarra, todavia, refletindo tempos depois nessa história, e comparando-a com o cenário político Brasileiro atual, vejo que há algumas semelhanças bem interessantes.

Talvez o amigo leitor já conheça essa história, ou mesmo a leu em algum livro, talvez a que vou narrar-lhes não esteja da mesma maneira, todavia, vou contá-la assim mesmo como a ouvi; como dizem por aí, " Vou vender o peixe pelo mesmo preço que comprei."

" Conta-se - Dizia aquele senhor - que em um reino bem distante, há muito tempo atrás, houve uma grande festa no reino animal, festa essa, feita e organizada única e exclusivamente para todos os cães do mundo. E todos sem exceções compareceram a tal festa, havia porém, uma única exigência para poder participar dessa festa, era necessário que cada cãozinho deixasse o seu rabo ao lado de fora da festa, encostado em um canto. Cada cão que chegava, deixava o seu rabo ao lado de fora, um ao lado do outro. Em um determinado momento da festa, no auge do divertimento, um inesperado incêndio tomou o salão, desesperada, a cachorrada queria sair o mais depressa possível, e a saída era a mesma da entrada. Fez-se tão grande tumulto, e no desespero de verem-se livres das chamas que ardiam no salão, a cachorrada agarraram o primeiro rabo que via pela frente, e rapidamente o lugar estava vazio, e os cãezinhos desapareceram. Tempos depois, quando tudo já estava mais calmo, é que os cãezinhos deram conta do erro terrível que cometeram; na pressa de fugir do local, pegaram o primeiro rabo que viram em sua frente, sem ao menos conferir se era mesmo o seu respectivo rabo, o resultado não poderia ser outro, até o dia de hoje, os cãezinhos andam a cheirar uns aos outros, na tentativa de encontrarem os seus verdadeiros rabos - O senhor que contava a história ainda completou - É por isso compadre - Dizia ele rindo - que lá em Brasília está essa cachorrada toda, essa palhaçada, agora que o circo pegou fogo, e todo mundo se evadiu, fica um cheirando o rabo do outro, oferecendo e querendo favor.

Analisando bem o que aqueles dois senhores falavam, acabei por imaginar Brasília como a tal festa da cachorrada, e o resultado final é o mesmo interessante, o que vemos é que todo mundo perdeu o rabo na mesma festa, agora ficam assim, cheirando o rabo uns dos outros, comprando-se e vendendo-se, em demonstração coletiva de uma cachorrada sem tamanho. Fazer o que, isso é no que se transformou a política Brasileira.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 02/11/2017
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