O EGOÍSTA.
Um tema recorrente, escrevi e muito se escreve sobre isso, a história escreve e descreve. Por quê? Pela fortíssima presença dessa conduta. Muitos que seriam pessoas situadas, razoáveis em compreensão e entendimento, que estão ao seu lado com frequência, de repente demonstram um insuperável egoísmo. Mas há um passado que se percebia de pretensão. Negatividades juntas, visíveis nas entrelinhas, e por isso vivendo uma vida sem muita luz, envolvidos em sombras despercebidas.
Estariam realmente fora do perímetro da sensibilidade média? Muitos bem situados aparentemente em distinguir, mas é enganosa a aparência, ou existe no ar um "se achar melhor" do que os outros, ou querem uma reverência inaplicável. Todas essas convergentes medíocres juntas desembocam em egoísmo. Esse o altar, a sinecura dos ególatras.
A humanidade é egoísta em princípio, em número majoritário, depende só de medidas, uns mais outros menos. É surpresa a afirmação? Não é para mim, se bem ou mal, conheço razoavelmente isso. Ninguém me engana por muito tempo. O egoísmo está fortemente presente para quem não pode ser enganado. Ele está em todo lugar, e perto de nós. Mas existem egoístas e egoístas.
Conheço egoísmos máximos e próximos de mim, em termos, as vezes especialmente próximo. É doença da personalidade, do ego. Damos o devido tratamento, por vezes um certo isolamento. Defesa para acautelar posturas. As vezes em coisas mínimas pretende o egoísmo fazer concentrar tudo em sua volta, em seu benefício, fazer prevalecer sua vontade em prejuízo de outras somadas.
O egoísta por falta de inteligência não será generoso com ninguém, é uma vida difícil, sempre ensombrada, depressiva, cinzenta, que contamina amizades presenciais, consegue afastá-las, possuem vida descolorida e triste, com alguns escapes forçadamente tentados, frustrados, sem nenhum retorno, uma condenação pessoal, acreditado por insuficiência de que ser assim é favorável, e não há como se livrar dessa sentença existencial, sequela de nascimento,DNA. São antes de mais nada, beócios, e normalmente se pensam grandes, mas são insuficientes em tudo.
Terminantemente ignoram bons modos os egoístas, disponibilidade, sinceridade, franqueza, até o parco entendimento de simplicidades se tornam enigmas para eles.
Caminham em um caos emocional, silenciosos, mudos e solertes, e nada faz mudar esses tipos que a natureza construiu no fel e azedamente,muitas vezes escondidos, até surgirem.
Trazem o rancor das espécies.
Estão cegos em suas reclusões personalistas, vivem voltados para si e por vezes se mostram plenamente. Párias do nada receber logo que nada têm a dar, muito menos a outrem, nem uma mísera miséria de compreensão, muito menos algo sobra para alguém. É a nau das intempéries de personalidades que navegam sem muito norte pensando ter o monopólio de todos os pontos cardeais da vida.
Que o senhor se apiede dessas almas pequenas, viventes em porões escuros como masmorras dos sentimentos que pensam existentes.