História de São Luis do Curu
E alguém disse:
Haverá uma cidade quase insignificante. E ninguém entenderá o motivo e a exatidão de seu nome.
Nascera um menino-poeta no antepenúltimo dia de agosto e ele escreverá: "Esse nome é familiar, marrom, negro, cheiro de casa, duro e miserável". E essa cidade será indecisa e sem noção, um dia aprenderá.
O povo terá prefeitos e prefeitas espertos e salteadores, mas que em mil anos farão alguma coisa boa, afim de que o povo curuence se acostume. Os parentes dos líderes políticos vigorarão para que o povo curuence se acostume com o que é errado. Os vereadores e vereadoras só existirão na hora de aparecer no palanque e no caixa para receber dinheiro. Para completar a desordem. O Curu será irmão do vendaval, ainda que mais calmo.
E esse povo será esquecido e abandonado, povo curuence. Parece escrito, o Curu viverá da falta de amparo, para que pessoas o chamem de terra ruim.
No vale se desenvolverá muita coisa, contudo São Luís do Curu viverá de cabides e feijão, amarão farras e gordura, curtirão músicas sem letra e perceberão tarde que a terra curuence é pobre demais e com muita gente indo embora para outro lugar.
Assim será a terra do vendaval calmo, que poucos ou ninguém entenderá.