PRODUZIR, VENDER E... (III) 16h19min.
Numa visão bem simplista o “fenômeno” da Globalização, começou bem depois da Revolução Industrial, - século XIX – as que se sentiam “fortes’ em seus países de origem começaram a se expandir, “emigrando” por outras “plagas”, trazendo e impondo suas marcas, concorrendo com as existentes, mas quase sempre se “associando” ou as comprando...
Nos inícios dos anos 60 isto também ocorreu com o setor farmacêutico, foi o nosso desafio seqüente, oferecer os nossos préstimos na divulgação de um laboratório Americano, que tinha “incorporado” um laboratório nacional de médio porte, para apresentar seus produtos à classe médica, e quase sempre este começo se deu através de distribuidores, que tinham uma comissão na revenda de seus produtos, mas para isto acontecesse era preciso contar com o receituário da classe médica, através do “convencimento” para que prescrevessem os produtos apresentadas, com fartas amostras distribuídas...
Realmente não era um trabalho fácil, exigia habilidade de dar a “mensagem” sem muitas delongas, pois o médico, sempre tem pouco tempo para ouvir em face de suas exaustivas atividades, quer em seu consultório ou nos Institutos de Previdência Social...
Paulatinamente as vendas foram melhorando, a empresa de pequeno porte foi crescendo; o proprietário tinha uma idade um pouco mais que a nossa, não se portava como “patrão”, mas mais como um amigo. (Não muito tempo depois, surgiu uma nova empresa, que iria substituir à anterior, fomos incluídos como sócio, (09/06/72) de maneira simplificada, teríamos uma comissão na venda, e no final do ano uma porcentagem menor para compensar o décimo terceiro, férias e fundo de garantia, tendo em vista que os encargos sociais em muito oneram as pequenas empresas...
Embora não professasse uma “religião”, - era o dono da empresa – pessoa muito justa, sabia dividir os “talentos” recebido”, o nosso primeiro carro 0 km. Foi graças a sua ajuda, é evidente que corretamente o pagamos. A manutenção do veículo, a firma quitava, exceto o combustível...
Durante algum tempo a empresa pagava os carnês, referente ao pagamento do INSS, sobre cinco salários mínimos. Mais tarde, com a melhoria dos nossos ganhos, cada um pagava o seu carnê, neste meio tempo o amigo que nos referi veio trabalhar conosco na mesma condição...
Havia uma “moça” no escritório, competente em suas tarefas, dois estoquistas, três na propaganda médica, em que nos incluíamos, ocupando uma função de coordenador da propaganda médica. Esta pessoa – proprietário - também viajava a serviço, que somavam uma venda ainda maior para empresa, também havia mais dois vendedores, que atuavam fora de Curitiba; este amigo que viera trabalhar conosco, ficava de segunda a quarta em nossa cidade, e na quinta e sexta feira ia cobrir o seu setor de trabalho...
Assim ficamos de modo bem harmonioso, até 1984; o proprietário da empresa se aposentou, fizemos um acerto, todo o estoque foi por nós quitado em 10 parcelas mensais, foi quando tivemos que assumir nossos próprios caminhos e tentar continurar sobrevivendo nas lidas do comércio, numa economia instável, cuja inflação sempre foi motivo de preocupação, mas isto será outra história... 17h15min.
Curitiba, 31 de outubro de 2017 – Reflexões do Cotidiano – Saul
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