TERMINARAM-SE OS JOGOS

Terminaram-se os jogos Parapan-americanos 2007.

O Brasil terminou em primeiro lugar, no quadro de medalhas.

Nossos atletas nos proporcionaram surpresas incríveis e nos encantaram nas mais diversas modalidades.

Foram 228 medalhas, ao todo, sendo 83 de ouro, 68 de prata e 77, de bronze.

O que me chamou a atenção foi o fato de não ter visto, sequer uma vez, os nossos heróis, atletas renomados e reconhecidos pelo povo brasileiro, torcendo pelos atletas do Parapan.

Você os viu?

Se alguém viu, por favor, me avise que eu retifico imediatamente, o meu desabafo.

Mas, quem disse que os atletas que vimos são deficientes?

Deficiente sou eu, que com dois braços e duas pernas, não sei nadar!

Deficiente sou eu, que com dois olhos perfeitos, se for jogar bola, não vou encontrar o caminho do gol!

Me chamou a atenção o fato de um atleta brasileiro ter resolvido correr sozinho, depois que seu guia teve um problema de saúde e não o pôde acompanhar na pista de corrida.

Ele correu e não só correu, mas chegou em primeiro lugar, ganhando a medalha de ouro.

Esses jogos foram, com certeza, mais do que uma apresentação esportiva.

São lições, que devemos aprender.

Eles nos mostraram de forma clara e inegável que a verdadeira deficiência é a interior.

Quanta gente é deficiente de amor!

Quanta gente é deficiente de atenção!

Quanta gente é deficiente de carinho!

Quanta gente é deficiente de educação!

E não é educação em nível escolar, não!

É de educação mesmo, no sentido de respeitar o seu semelhante.

Deficientes são aqueles que não conseguem enxergar que precisam mudar.

Deficientes são aqueles que com duas pernas, não conseguem chegar a lugar algum.

Deficientes são aqueles que com dois olhos, não enxergam a beleza da vida.

Deficientes são aqueles que com dois braços, não conseguem abraçar.

Deficiente é aquele que tem coração, mas não consegue amar.

Parabéns aos nossos atletas brasileiros, a todos que participaram do Parapan-americano.

Vocês são demais!