Em que você está pensando?
Na página central da maior plataforma de relacionamento virtual encontra-se tal pergunta invasiva. Claro, que os administradores nem se importam com o que você posta, e a galera “curte” um monte de amenidades e coisas sem sentido que são postadas aos milhares diariamente.
Olhando o ícone inquisidor, me vem à mente, que diferença faz o que penso ou não, não agregará em nada, não mudarei o mundo, não serei lida e muito menos levada em consideração, então pouco importa.
Li, esses dias, o conto Sonho de um homem ridículo – Dostoiévsk -, e lá nesta leitura abrasiva do ser humano, vi aquele homem que tentava por fim à vida, pois tinha ele, a consideração, que a vida não valia a pena, e sua atuação no mundo, resumia-se a perpetuar mais caos. Fiquei pensando na personagem e sua atitude frente à vida,não consegui ter o insight da personagem do famoso escritor, mas vi que somos responsáveis por muita coisa no mundo, ou por conivência ou por omissão.
Penso que somos personagens atuando neste cenário belo e rico – chamado vida -, e aqui representamos papéis, ora alegres, ora tristes. Sonhadores e ousados, carregando diversas nuances de gerações passadas. Essa bagagem aliada ao nosso contato afetivo-social nos primórdios da vida, nos torna o que somos hoje. O pessimismo, o fatalismo e toda gama de variantes estados de depressão advém deste estado do ser, de não achar um mote, uma direção à sua vida, achando-se ali, a pessoa mais imbuída de erros e desacertos, o que causa um desconforto gigantesco em sua visão de si e de mundo.
O avanço tecnológico nos fornece uma possibilidade enorme de escolhas, podemos optar como nos comunicarmos, com quem queremos falar e encerrar conversas, sem ter a incômoda sensação de olhar nos olhos do outro e sentir toda desventura que este carrega consigo.Uma sociedade moderna e ágil,que ainda peca em muito no respeito ao ser humano em sua integridade. Ainda,carregamos o ranço do preconceito e do atávico instinto agressivo, tão aclamadas em artigos e ensaios.Vivemos num mundo moderno, progressista e belicoso.
Sempre, acreditei, piamente, que somos parte de uma incomensurável energia,e fazemos aqui o nosso intento (self) nos permite visando sempre à evolução. Como é sabido a humanidade evoluiu e trouxemos e conseguimos muitos ganhos e conquistas, claro, trazendo à reboque uma série de adversidades e males. O progresso tem seu preço, e estamos pagando por isso; podemos interagir com pessoas do outro lado do mundo, mas padecemos de solidão do outro lado da tela. Podemos pleitear e cobrar autoridades constituídas legalmente, mas não tomamos as rédeas de questões urgentes à demanda da sociedade, nos aprofundando em temas relevantes, e acabamos sendo muito superficiais.
A filosofia sempre tentou encontrar respostas para a vida humana e suas posturas interativas, anárquicas e evolutivas, não encontrando até hoje um ponto em comum em suas vertentes - ainda resta muito a se pensar sobre o ser. Como todos, faço minhas breves e fortuitas ilações, mas a pergunta continua lá, inflexível e impassível : Em que você está pensando, Lilian?
Olhando o ícone inquisidor, me vem à mente, que diferença faz o que penso ou não, não agregará em nada, não mudarei o mundo, não serei lida e muito menos levada em consideração, então pouco importa.
Li, esses dias, o conto Sonho de um homem ridículo – Dostoiévsk -, e lá nesta leitura abrasiva do ser humano, vi aquele homem que tentava por fim à vida, pois tinha ele, a consideração, que a vida não valia a pena, e sua atuação no mundo, resumia-se a perpetuar mais caos. Fiquei pensando na personagem e sua atitude frente à vida,não consegui ter o insight da personagem do famoso escritor, mas vi que somos responsáveis por muita coisa no mundo, ou por conivência ou por omissão.
Penso que somos personagens atuando neste cenário belo e rico – chamado vida -, e aqui representamos papéis, ora alegres, ora tristes. Sonhadores e ousados, carregando diversas nuances de gerações passadas. Essa bagagem aliada ao nosso contato afetivo-social nos primórdios da vida, nos torna o que somos hoje. O pessimismo, o fatalismo e toda gama de variantes estados de depressão advém deste estado do ser, de não achar um mote, uma direção à sua vida, achando-se ali, a pessoa mais imbuída de erros e desacertos, o que causa um desconforto gigantesco em sua visão de si e de mundo.
O avanço tecnológico nos fornece uma possibilidade enorme de escolhas, podemos optar como nos comunicarmos, com quem queremos falar e encerrar conversas, sem ter a incômoda sensação de olhar nos olhos do outro e sentir toda desventura que este carrega consigo.Uma sociedade moderna e ágil,que ainda peca em muito no respeito ao ser humano em sua integridade. Ainda,carregamos o ranço do preconceito e do atávico instinto agressivo, tão aclamadas em artigos e ensaios.Vivemos num mundo moderno, progressista e belicoso.
Sempre, acreditei, piamente, que somos parte de uma incomensurável energia,e fazemos aqui o nosso intento (self) nos permite visando sempre à evolução. Como é sabido a humanidade evoluiu e trouxemos e conseguimos muitos ganhos e conquistas, claro, trazendo à reboque uma série de adversidades e males. O progresso tem seu preço, e estamos pagando por isso; podemos interagir com pessoas do outro lado do mundo, mas padecemos de solidão do outro lado da tela. Podemos pleitear e cobrar autoridades constituídas legalmente, mas não tomamos as rédeas de questões urgentes à demanda da sociedade, nos aprofundando em temas relevantes, e acabamos sendo muito superficiais.
A filosofia sempre tentou encontrar respostas para a vida humana e suas posturas interativas, anárquicas e evolutivas, não encontrando até hoje um ponto em comum em suas vertentes - ainda resta muito a se pensar sobre o ser. Como todos, faço minhas breves e fortuitas ilações, mas a pergunta continua lá, inflexível e impassível : Em que você está pensando, Lilian?