TEMPO...
 
Estava meio à toa, ao deus-dará, sem muito o que fazer na vida, e para matar um pouco do tempo que dispunha, quis escrever sobre ele, mas acabei descobrindo que estava sem tempo para pensar, por isso decidi recorrer àquelas pesquisas rápidas feitas na Internet, justamente para não perder muito tempo.

Destarte, para poupar meu tempo disponível, recorri inicialmente ao Dicionário Informal, o qual nos ensina que tempo é o espaço entre o começo e o fim de um acontecimento, duração.

Mais adiante, o Dicionário Online de Português, traz outras definições que me bastam, isto porque elas fornecem subsídios suficientes para eu tentar discorrer sobre esse abrir e fechar da natureza que o apelidamos de tempo, no menor espaço de tempo possível, senão vejamos:

1) Tempo é o período sem interrupções no qual os acontecimentos ocorrem;

2) Tempo é a continuidade que corresponde à duração das coisas (presente, passado e futuro);

3) Tempo é o que se consegue medir através dos dias, dos meses ou dos anos;

4) Tempo é a duração.

Mas, afinal, o que é o tempo?

Sinceramente, eu não sei. No momento eu estou sem tempo para pensar, mas eu imagino que tempo seja muito mais que tudo isso que acabamos de ver até agora...

Com o passar do tempo, eu descobri que o tempo é tão independente e individualista que não para um instante sequer, visando ao simples atendimento de quem, de vez em quando, pede um tempo para outro ser de sua espécie. Em todos esses momentos, o tempo não tem tempo... ele não para.

O saudoso cantor e compositor brasileiro Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza, (1958-1990), deixou bem explícito na letra de sua música “O tempo não para”, que o tempo não para, mesmo, como podemos ver a seguir, nesse pequeno trecho:

"Eu vejo o futuro repetir o passado/Eu vejo um museu de grandes novidades/O tempo não para/Não para não, não para".

Continuo a afirmar que, se eu dispusesse de mais tempo, tentaria discorrer um pouco mais sobre ele, mas como sou adepto daquele adágio popular que “tempo é dinheiro”, procurarei gastar menos tempo com isso para não ficar endividado nesses tempos de recessão econômico financeira que estamos vivendo.

Pensando bem, se eu fizer algo agora, ou deixar para depois, pouco importará, porque o tempo irá passar da mesma forma. O tempo urge.

Isso é muito interessante. Só o tempo não tem tempo para dar um tempo e tentar esperar um pouco.

Mesmo com toda essa escassez de tempo, alguém conseguiu tempo para escrever esses versos que leremos a seguir:

“Ainda que demore um pouco, sempre haverá tempo/Para se fazer uma pausa e em seguida se ver/Se ainda há tempo para se dar tempo ao tempo/ Ou se já se esgotou todo o tempo”.

Finalmente, encontrei alguém que aproveitou muito bem seu tempo e disse que “A arte tem seu próprio tempo, que é diferente do nosso tempo, do tempo real, do tempo imaginário, o tempo do tempo. Muitas vezes nos angustiamos com o tempo sem levar em consideração o que ele tem a nos ensinar. Temos que respeitar o tempo da arte com isso entenderemos a arte do tempo”. Autoria de Robert Sodré - Tempo's Grupo de Teatro.

Acho que aprendi um pouco com esse autor, mas haja tempo!!!
Germano Correia da Silva
Enviado por Germano Correia da Silva em 30/10/2017
Reeditado em 25/06/2020
Código do texto: T6157160
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