Partido Educacional Brasileiro
É difícil compreender como um país de economistas, homens de grandes méritos, legaram a nossa terra uma massa de pobres errantes. Sem levar em conta de que a economia e os economistas compõem mundos distintos, resta-nos conviver com a disparidade dos galardões. Há uma frase em particular nascida no meio da tecnocracia que reza severamente: “ninguém almoça de graça!”, mas vivemos a ilusão do “compre mais pelo menor preço” que é fábula das facilidades sobre o almoço no país das bananeiras.
A ilusão sem fraternidade dos números doma os espíritos em direção ao fausto mágico da riqueza. O enriquecimento prestidigitador determina o impulso consumista e o assalto. É matéria ensinada nas escolas de competitividade essa dose de ambição “útil” para pisotear os enfraquecidos e ou destituídos de argúcia. Economizar, guardar, acumular ao máximo para ser rico! Eis a herança do sonho americano disseminado pelo terceiro-mundo ingênuo e mágico. A ilusão compressora da verdade: poucos enriquecem para os olhares desejosos de muitos depauperados.
Sou favorável à criação do Partido Educacional Brasileiro. Para determinar uma nova orientação ao comportamento do capital na mente humana. Nosso país precisa com urgência de novas referências. De amadurecimento da ingenuidade que produz brutalidade em condições de cinismo para a inocência. Precisamos adquirir novos reflexos tendo como meta prioritária uma fusão sólida do significado do capital para a sociedade. Alcançar um misto de indiana civilidade com a madureza do norueguês. Ambos longe de demonstrações fúteis da riqueza. Ambos com liberdade sem a grosseria de um igualitarismo totalitário. O modelo da Noruega tem dado ao mundo lições de humanidade no trato do governo com o seu povo. A “riqueza nacional” lá é “nacional” enquanto que aqui é objeto de especulação, o que justifica a miséria histórica do colonialismo.
Trabalhar pouco para empregar mais. Ter ricos que se orgulham da criação de novos empregos com investimento de capital, evitando acumulo e estreitamente das oportunidades. O espiritual indiano mesclado com a natureza do norueguês determinaria ao mundo uma nova fórmula global. A aversão do nórdico à superfluidade, as demonstrações da riqueza como poder pessoal. A elegância e simplicidade de uma gente que atingiu a igualdade social pelo apreço educacional dando distinção à alma bem mais do que a ostentação. Desse modo haveria distribuição da riqueza nacional. Atualmente a crença intelectual na educação anuncia apenas uma condição de clientela para o mercado de trabalho. Fenômeno que procura exaurir as forças do trabalhador em nome de salários baixos.
É preciso possuir sem oprimir! Contra a mágica do ouro para a luz da alma do outro!