CONDIÇÃO HUMANA
Prof. Antônio de Oliveira
antonioliveira2011@live.com
CONDIÇÃO
HUMANA
OCIOSIDADE
OCIOSO
CIOSO
CIO
O
VAZIO
Para muitos é o vazio... Para Tomás de Aquino, no século XIII, o fim do ser humano é a felicidade, felicidade que é a posse do bem infinito. Procurar total felicidade nos bens finitos é desvirtuar a dignidade humana. Dessa forma, a primeira condição para ser feliz é aceitar as próprias imperfeições e potencialidades. Platão entende que o corpo é cárcere da alma. Não se é feliz quando não se aceita este misto de grandeza e miséria: nem anjo nem cão, sublime e tosco, santo e pecador. Um vaso frágil. Ninguém é melhor que ninguém. Seja branco, pardo, negro.
A felicidade individual não provém, pois, dos bens materiais, em si. Que podem ser indispensáveis, necessários, úteis, mas que também podem alimentar ambições desvairadas, de querer sempre mais, a qualquer custo. De possuir por possuir, não importando o ser, mas o ter. Desta vida nada se leva de material. Caixão não tem gaveta. Ninguém vive por procuração, muito menos para todos os fins. O viver é individual e intransferível. A arte de bem viver compete a cada pessoa. Recuperar uma nação economicamente é mais fácil do que recuperar moralmente.
A regra suprema da moralidade, segundo os antigos estoicos, consiste em “viver conforme a natureza”. Não deixa de ser uma proposta que pode ser mal interpretada, mas positiva se significar viver segundo a razão, gerindo os condicionamentos com vontade operante e meritória. Nem sempre quem espera faz a hora se a expectativa for além do exequível. Cabeça nas estrelas, pés no chão. Fagner canta: “Quem dera ser um peixe!” Sabemos que nunca será.
Sereis como Deus! Nisso consistiu a tentação da serpente, que soube mexer no ponto fraco da recém-criada espécie, espécie que não se contenta de ser o que é. Isso não significa que o nível de exigência das pessoas não deva evoluir. Pelo contrário, mas nos sadios limites da natureza humana.