Pitangueixos em Brasília

Pitangueixos em Brasília

Pasmem-se: e o nosso Presidente teve mais uma vez outro encontro extra-agenda. E esse, à vista de todos, numa choperia no coração etílico de Brasília, o Libanus, quase tão antigo quanto a capital foderal, perdão, tou sem corretor...

Mas desta vez, ousou mesmo o Juarez, ao capitanear um grupo de parentes, amigos e corre-legionários para celebrar na Novacap mais um evento da série Amigos de Pitangui, reunindo - ao que estou (des)informado - dezenas de ovelhas tresmalhadas dos rebanhos guerínicos de outrora.

Confesso que quis muito lá ir. Aliás, quem não quer lair Ribeiro, esotérico conselheiro que com seus sábios ensinamentos ganhar rios de dinheiro - e o agradecimento perene até de quem o condene? Mas demos um de fasto aqui preu retomar a amarrativa narrativa: fui convidado com antecipação e entusiasmo, a ocasião era mais que propícia: uns afagos no Mestre Santiago que relançava sua Sina Cigana - naturalmente que já de partida para un destino más en el Paraguay de su corazón - e uma rara, mas sempre profícua reunião com os bravos pitanguienses e associados que ousaram planaltear.

E as histórias são muitas, de muita luta, conquistas, alguma decepção mas, sobretudo, o gosto de haver experimentado, e triunfado. Emblemático desse enredo, e candango desde bem cedo, é o amigo e ex-colega ginasiano querido, unanimidade mesmo, Messias Clementino Filho, o Missiinha, irmão do também colega Hélio Boaventura da Silva, que se pouco ligava ao conteúdo dos grossos compêndios acadêmicos, comprazia-se em manter impecavelmente engraxados e lustrosos os seus sapatos de amarrar pretos, no que competia ferozmente com o Mário Lúcio Bananeira Teixeira. E só mais tarde, tarde demais quiçá, compreendi que aquele expediente lhes possibilitava ver refletido no espelhar de seus sapatos as silhuetas das ninfetas...

E por quê acabei não indo rever a cidade que conheci ainda débutante, nos albores de 1976, onde iria residir por quatro quadras intercaladas com minhas vivências nas estranjas, até ser "devolvido" a Beagá em fins de 2014... Pois é, estive - ao lado de dezenas de testemunhas, algum de Jeová quiçá - presente à homenagem ao Padre João do Padre, por seu cinquentenário de sacerdócio, e aparentemente por sua entrada no show business, como cantor. O homem - assevero-lhes - canta mais do que Tantum Ergo, Adeste Fideles e outros sacros hits que todos conhecemos na nossa infância e jumentude...

Assim, participante da homenagem - onde tive o raro prazer de reencontrar e refazer amizades - e sem recursos para viajar de avião que não fosse da FAB (os jatinhos estavam todos empenhados em levar Congressistas em Brasília, aparentemente para apagar alguma fogueira de vaidade), embarquei só no sonho de uma Dodge, e aí muitas vezes, a gente se fodge...

Mas o encontro, pelo que ouvi, valeu, e como...No Congresso pode até não passar a delação que cá faço, mas facilmente, por aclamação, acho que de novo a vez, é de Juarez.

Mas vamos garantir a paz com os cruzeireiros, que andam mordidos com a mais recente e incandescente derrota para o Galo: Kunnô na vice!

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 25/10/2017
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