"De repente, 30"
Coincidências ou não... Há 30 em diversas partes. 30 Seconds to Mars; Se vira nos 30; 30 dias na maioria dos meses. A lista, Senhoras e Senhores, é um tanto extensa. Daí eu ter mencionado apenas três (um múltiplo de 30) exemplos. O que já tá bom, não?
Isto posto (ou exposto -- não sendo imposto, Caríssimos, tá é bom, não?), tentarei ir aonde interessa.
Ora, onde foram parar os trinta anos que passaram nesse meu piscar de olhos? Fiz quarenta há 9 meses e 27 dias. O ano de 1987 representa um marco importante em minha vida. O ano em que completei minha primeira década de vida. O fim (em termos musicais) da década em que a pós-modernidade atingiu um alto grau de representação -- estranho isso: "um alto grau de representação"; diabos: de onde fui tirar frase tão prolixa? --; 88 e 89 são dois anos a que eu chamo de anacrônicos; simplesmente NÃO fazem parte dos anos 80. Deixam a conta sobrar... Mas isso é algo muito pessoal. Vive no âmago da gente. Soa subjetivo em demasia, sabe?
Er... Anos em fuga. (Eu tinha uma das minhas cartas com esse título). O "Pequeno Poema Didático" de Quintana é o Poema-por-Excelência, em minha opinião. Ele define bem essa sequência de reviravoltas que convencionou-se chamar como "vida". Esse amanhontem em que esgotamos cada passo, cada tentativa nossa em deixar algo para as gerações vindouras. Esse tempo ao mesmo tempo eterno e fugaz; essa questão sem resposta (conheceu, Abu?); esse vai-e-vem, entra-e-sai onde tudo-nada acontece para, em seguida, ocorrer noutro lugar.
Ah, esses ossos. Ossos do o(ri)fício. Esses momentos livívidos. Esse passar de tempo que não passa nunca mas nos envelhece.
Ah, esse saber saborear cada frase (a ser) escrita no Livro da Vida. Cada página virada (clicherama chatinho esse). Cada caso é um vaso (onde cresceflorescem árvores diversas).
Ah, O Cristal! A Busca! A Luta! A Lata! O Machado! A Floresta de Carne e Ossos. O Mundo... O Mundo, também ele um pedaço de um maior (embora menor se comparado aos outros elementos) elemento.
Cada cabeça, uma sentença. De sorte. De azar ("coup de dés jamais abolirá le hazard"). De lados. De dispensa -- ficaremos fora?
"Deus NÃO joga dados", dissera o Notável Físico Alemão de quem não me lembro bem o nome. Mas era um Verdadeiro Einstein -- mesmo! De igual modo, Natura non facit saltum. Pudera! Se assim o fizesse, teríamos caído junto com ela do trampolim. Saltos Mortais -- diante de tantos ab ismos que há...
E la nave va.
(Não me procurem nas Redes Sociais porque não me encontrarão lá. Buscai-me nos livros -- que publiquei e tão poucos se interessaram em adquirir.
E obrigado por Vossa Atenção a esse Estranho.)
WV