“AMPULHETA”.

     

 

Quando nasce um ser humano, diz-se, bem vindo à vida... No entanto o ser humano... Começa morrer quando nasce, a cada dia de vida, é como se disparasse uma ampulheta; ou seja, começa uma contagem regressiva.

O bom disso tudo é, que não sabemos quando cairá o último grão da parte superior na parte inferior da ampulheta.

Na verdade o ser humano sobrevive aqui na terra, uns preparam-se para a verdadeira vida, a eterna; outros preferem acreditar que acaba tudo quando se morre... Na verdade, todos têm razão, até por que, é bom acreditar no seu próprio instinto, ter a sua própria opinião, na verdade todos sabemos o que lemos, o que ouvimos, nem sempre o que vemos... Até por que, nem sempre é visível o óbvio, e quando falamos ou pensamos em algo eterno, estamos filosofando; o que seria de um ser humano, se ao nascer soubesse, que viveria tão somente alguns dias, algumas semanas, ou até mesmo alguns poucos anos... Ou soubesse ainda, que teria uma morte tristemente acidental.

Nascer é bom, viver é maravilhoso! Mas, morrer... Bom, eu não sei como é morrer; se eu soubesse não estaria escrevendo este texto não é mesmo? Não importa o que eu pense a respeito de outra vida... O importante é o que você pensa; pois a nossa verdade é que nos dá força para esquecer da morte, embora saibamos que, mais dias ou menos dias, este dia chegará... Que seja o mais tarde possível, mas chegará.

Eu já ouvi muitos religiosos de várias religiões diferentes dizerem, que a eles não importa esta vida terrena... Porém eu me pergunto. Se há tanta certeza que a outra vida é muito melhor do que esta que vivemos, por que a luta pela sobrevivência? Quando se cai doente na cama luta-se bravamente contra a morte, pois por mais religioso que seja, luta-se até o último suspiro para sobreviver, existindo ou não outra vida, pode ser muito melhor que esta que vivo eu continuo querendo viver muito mais aqui na terra; não é fácil viver neste mundo... Mas eu prefiro viver!