PÁSSARO ARQUITETO
(11/07/2009)
TEXTO REEDITADO
Alguns parentes nossos ,residentes no Centro Norte do Paraná,resolveram programar uma pescaria às margens do Tibagi,num dos pontos do rio que,segundo êles, era paradisíaco.
Foi a familia inteira: Pai, mãe, filhos, noras, netos...cachorro de estimação, enfim tudo o que se leva nestas ocasiões.Além, é claro ,de muitos comes e bebes.
Uma das figuras mais paparicadas, era o senhor Silvano, patriarca da família e portador de acentuado problema de visão que lhe obrigava ao uso de óculos com aquelas lentes do tipo "garrafais".
Chegando-se ao local desejado, deu-se início à conhecida rotina. Aos homens , providenciar o churrasco.
Para isso, depois de alguns elogios às peculiaridades,(falsos,e meramente interesseiros,óbviamente) determinou-se o herói (coitado !)para cuidar dos assados. Êste, com o égo bem amaciado (falsamente,é claro) coube desafiar às muriçocas e pernilongos,mata à dentro, catando gravetos para iniciar o fogo.
Aos demais,a "árdua e dolorosa missão"de empunhar molinetes e varas de pescar.
Às mulheres, espalhar toalhas xadrez com bordados de moranguinhos pelas extremidades, discutir o contraste das cores
das louças, e outras amenidades do gênero.
Enquanto ocorriam tais atividades,Silvano ,que adorava o local deitava e (literalmente) rolava na grama em companhia dos netos.
Sem dúvida, uma grande festa, um alegre e descontraído domingo.
Comeram, beberam, pescaram e divertiram-se muito, principalmente "Silvano" que mais parecia uma criança entre as outras.
Num determinado momento das brincadeiras um dos netos acabou pegando os óculos do avô e num impulso atirou-os para cima.Êstes, acabaram presos ao galho de um arbusto às margens do rio.Estava tudo tão divertido que somente no retorno para casa, há mais de 6o Km do local, dera-se pela falta dos óculos.
A distância era muito grande para que retornassem,assim,o patriarca decidira que ao chegar em sua cidade os compraria novos.
Decorridos cinco anos, nova pescaria nos mesmos moldes, fôra programada.Como o local era o mesmo,veio à lembrança o episódio dos óculos.O arbusto, agora já bem crescido, mantinha-os presos à uma galhada, numa altura um tanto difícil de se apanhar.
Ah!...deixa pra lá, disse Silvano...Tenho óculos muito bons, pra que vou me preocupar com essa velharia...
Mais 5 anos se passaram. A mesma história a se repetir. Mas, desta vez quando aproximavam-se do local ,ainda na BR,avistaram algo que lhes chamara à atenção.Um brilho intenso luzia na mata ao sol daquele domingo. Intrigados e curiosos em saber do que se tratava aumentaram a velocidade do carro.Ao chegar à margem do Tibaji, naquele local já bastante conhecido,eis a surpresa:O arbusto que da última vez tornara-se uma árvore havia crescido,e muito; bem no alto um João de Barro ao construir sua casinha servira-se dos óculos de Silvano .
Assim cuidadosamente os adaptou ,fazendo duas janelinhas envidraçadas que,muito limpas, luziam intensamente ao sol do Norte do Paraná..
PS.:Em consideração à todo o esfôrço que fiz para tentar parecer-me engraçado,por favor ;riam...Se não for possível esboçarem externamente um sorriso,façam-o como dizia Jô Soares: "Morram de rir... internamente,é claro"
(11/07/2009)
TEXTO REEDITADO
Alguns parentes nossos ,residentes no Centro Norte do Paraná,resolveram programar uma pescaria às margens do Tibagi,num dos pontos do rio que,segundo êles, era paradisíaco.
Foi a familia inteira: Pai, mãe, filhos, noras, netos...cachorro de estimação, enfim tudo o que se leva nestas ocasiões.Além, é claro ,de muitos comes e bebes.
Uma das figuras mais paparicadas, era o senhor Silvano, patriarca da família e portador de acentuado problema de visão que lhe obrigava ao uso de óculos com aquelas lentes do tipo "garrafais".
Chegando-se ao local desejado, deu-se início à conhecida rotina. Aos homens , providenciar o churrasco.
Para isso, depois de alguns elogios às peculiaridades,(falsos,e meramente interesseiros,óbviamente) determinou-se o herói (coitado !)para cuidar dos assados. Êste, com o égo bem amaciado (falsamente,é claro) coube desafiar às muriçocas e pernilongos,mata à dentro, catando gravetos para iniciar o fogo.
Aos demais,a "árdua e dolorosa missão"de empunhar molinetes e varas de pescar.
Às mulheres, espalhar toalhas xadrez com bordados de moranguinhos pelas extremidades, discutir o contraste das cores
das louças, e outras amenidades do gênero.
Enquanto ocorriam tais atividades,Silvano ,que adorava o local deitava e (literalmente) rolava na grama em companhia dos netos.
Sem dúvida, uma grande festa, um alegre e descontraído domingo.
Comeram, beberam, pescaram e divertiram-se muito, principalmente "Silvano" que mais parecia uma criança entre as outras.
Num determinado momento das brincadeiras um dos netos acabou pegando os óculos do avô e num impulso atirou-os para cima.Êstes, acabaram presos ao galho de um arbusto às margens do rio.Estava tudo tão divertido que somente no retorno para casa, há mais de 6o Km do local, dera-se pela falta dos óculos.
A distância era muito grande para que retornassem,assim,o patriarca decidira que ao chegar em sua cidade os compraria novos.
Decorridos cinco anos, nova pescaria nos mesmos moldes, fôra programada.Como o local era o mesmo,veio à lembrança o episódio dos óculos.O arbusto, agora já bem crescido, mantinha-os presos à uma galhada, numa altura um tanto difícil de se apanhar.
Ah!...deixa pra lá, disse Silvano...Tenho óculos muito bons, pra que vou me preocupar com essa velharia...
Mais 5 anos se passaram. A mesma história a se repetir. Mas, desta vez quando aproximavam-se do local ,ainda na BR,avistaram algo que lhes chamara à atenção.Um brilho intenso luzia na mata ao sol daquele domingo. Intrigados e curiosos em saber do que se tratava aumentaram a velocidade do carro.Ao chegar à margem do Tibaji, naquele local já bastante conhecido,eis a surpresa:O arbusto que da última vez tornara-se uma árvore havia crescido,e muito; bem no alto um João de Barro ao construir sua casinha servira-se dos óculos de Silvano .
Assim cuidadosamente os adaptou ,fazendo duas janelinhas envidraçadas que,muito limpas, luziam intensamente ao sol do Norte do Paraná..
PS.:Em consideração à todo o esfôrço que fiz para tentar parecer-me engraçado,por favor ;riam...Se não for possível esboçarem externamente um sorriso,façam-o como dizia Jô Soares: "Morram de rir... internamente,é claro"