DESCOBERTA (Phellipe Marques)
Quase desafino, um acorde mal feito, de som mal produzido que redescobriu seu caminho e compôs a mais linda sinfonia.
Minhas angústias e meus descaminhos, por mais tortuosos que fossem, não tirariam de mim o encanto dos meus versos.
A vida sempre surpreende positiva ou negativamente, porém, em meio ao caos da madrugada sempre surgirá um novo alvorecer.
Em ti percebo luz, possibilidades de sonho, à distância ou não, não importa, existem, e isso me dá forças para continuar a acreditar e conviver com minha eternidade.
Descoberta vital a quem se dispõe a ouvir, perceber os sinais universais.
Em cada gesto e movimento, cores e compreensão, vai-se o sonho de uma estrofe, o grito de um coração, a saga de um poeta.
Muitos não compreendem! Da jornada física e rotineira quase não aproveito nada!
Prefiro os devaneios que não me permitem morrer da vida real.
Não tenho a habilidade de Drummond que conseguia transformar rotina em poesia e sonho.
Tu me compreendes e isso me basta.
Tu sabes sobre a essência que expressa esse escrito. Percebes no olhar, no espaço que antecede o nosso abraço, no beijo que emana carinho, amor e compreensão.
Minha descoberta, poesia que nunca finda.
Meu motivo para escrever e sim, continuar sonhando, e não perder a batalha para o mundo moderno.
Obrigado! Muito Obrigado!
Com o coração iluminado pela tua lembrança, do caminho que me trouxe até aqui, do futuro que ainda me aguarda, dedico a ti a crônica que nasce no trajeto de mais um dia de trabalho.
Até o fim...