Viajante do tempo
Viajante do tempo
Marilda de Almeida
Viajante sou, no tempo e no espaço,
Procuro nas incontidas idas e vindas,
O calor humano, o sabor da vida,
A maciez do abraço apertado,
O carinho dado, mas a mim negado.
Em meus devaneios procuro o amor,
A paixão que arrebata e acalma,
No desejo ardente, pela vida e pelo viver.
Nas cores de um arco-íris depois das chuvas,
Busco no brilho dos céus, que refletem nos meus olhos, a saudade dos teus.
O brilho da alegria, do olhar e do toque.
Não me permito a dor, em meu ser, em meu querer.
Os sonhos e as ilusões são a minha esperança.
Não quero silenciar minha alma viajante,
Só irei parar no tempo e no espaço,
Quando os ponteiros do relógio marcar minha hora,
De partida ou encontro com o meu Eu, com a minha felicidade.
Viajante sou, com desejos e tentações ,
Mas não quero deixar nenhuma página em branco,
Por tudo que a vida me deu, e que Deus me permitiu viver.
Encontros e desencontros; caminhos e descaminhos; amores e desamores; alegrias, tristezas e solidão.
E no espelho de minha alma, continuo viajante solitário,
Sigo meu caminho, sem hora marcada para chegar ou partir.
Sigo apenas como um viajante nômade,
Perdido no tempo e no espaço.
Marilda.
10/08/2007