VOCÊ TEM VERGONHA? INDIFERENÇA.
"Amo ou venero poucas pessoas. Por todo o resto, tenho vergonha de minha indiferença. Mas aqueles que amo, nada jamais conseguirá fazer com que eu deixe de amá-los, nem eu próprio e principalmente nem eles mesmos."
Albert Camus
E pode ser o amor universal, mas é impossível amar a falta de vergonha.
Desfilam sob nossas vidas e surpreendem nossos olhos condutas que fazem do errado o certo, e sufragam no altar das posses a apoteose da vergonha desconhecida. Sentam-se em arquicadeiras.
Têm minha indiferença, embora não os afete.
Esquecem que a admiração silenciosa é a chama que alimenta à distância as almas nobres. E que pelo amor cultivado avançam.
Em segundos trocam a admiração consagrada pela indiferença que não pode cultuar a falta de vergonha.
Também o amor tem limites.
Não me envergonho da indiferença que nutro pelos desavergonhados.
É natural minha naturalidade indiferente.