VOCÊ TEM VERGONHA? INDIFERENÇA.

"Amo ou venero poucas pessoas. Por todo o resto, tenho vergonha de minha indiferença. Mas aqueles que amo, nada jamais conseguirá fazer com que eu deixe de amá-los, nem eu próprio e principalmente nem eles mesmos."

Albert Camus

E pode ser o amor universal, mas é impossível amar a falta de vergonha.

Desfilam sob nossas vidas e surpreendem nossos olhos condutas que fazem do errado o certo, e sufragam no altar das posses a apoteose da vergonha desconhecida. Sentam-se em arquicadeiras.

Têm minha indiferença, embora não os afete.

Esquecem que a admiração silenciosa é a chama que alimenta à distância as almas nobres. E que pelo amor cultivado avançam.

Em segundos trocam a admiração consagrada pela indiferença que não pode cultuar a falta de vergonha.

Também o amor tem limites.

Não me envergonho da indiferença que nutro pelos desavergonhados.

É natural minha naturalidade indiferente.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 16/10/2017
Reeditado em 16/10/2017
Código do texto: T6143948
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