HUMANA

Ouvi dizer que prender-se é péssimo, porém algemar o outro é prender-se duas vezes. Quantas vezes, indaguei-me fiel, indaguei-me leal para satisfazer-me feliz? Não é possível mais fazer as contas nos dedos, pelo menos não somente com os das mãos. O ser humano é repugnante, nojento, imundo, nauseante, desprezível, desumano, poucos se salvam, menos ainda são o que a mesma porcentagem e água no corpo possuem de Amor. Difícil manter-se feliz e amável com quem consegue impressionar com tamanha infantilidade e obscenidade nas atitudes, independentemente do ambiente em que se está ou das pessoas que o rodeiam.

Deveriam aprender na violência a serem mais respeitosos, mas sabemos que esse não é o caminho. A raiva nos leva apenas a cometer delitos que nos acalmam momentaneamente, segundos, para ser mais preciso. E nada se alcança, nada disso se torna tão merecedor de ser uma pessoa melhor, a não ser, tratar bem até quem merece lamber o chão que pisa, que nós pisamos, e comer fezes de cavalo.

Resumindo, espero ser melhor daqui em diante. Não aguento mais sentir tanta dor, tanto aperto no coração e indigestões, por culpa alheia. Quero ser forte em mim, ser maciço em meus pensamentos e no Amor que sinto, que sai de mim. Mostrar-me íntegro de mim, de nós, deixar quem acha que me prende, estatelar-se só. Também não estenderei a mão para ajudar a reerguer, vai contra alguns princípios, mas sou humana...

Rayssa Êvang
Enviado por Rayssa Êvang em 15/10/2017
Código do texto: T6143587
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