TransÉtnico.
“Realidade hipotética:”
Yong Kowoshi, 28 anos, nascido no Brasil, filho de imigrantes japoneses, nunca aceitou sua etnia e seu corpo. Ou seja, segundo ele nascera em corpo errado. Se identifica e sua orientação étnica é puramente africana.
Nega sua natureza biológica, étnica e social. Tendo passado por várias cirurgias (plástica para eliminar o puxado característico das pálpebras, preenchimento labial, nasal e peniano), além de tratamento dermatológico para escurecimento da pele.
Aos 18 anos, como prevê a legislação brasileira, trocou seu nome para Baakir (Queniano), e luta pelos seus direitos, reconhecimento e respeito. Afinal, somos ou não um povo politicamente correto?
Desiludido, tentou apoio e fazer parte no CNCD/LGBT - Conselho Nacional de Combate à Discriminação - Secretaria de Direitos Humanos e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, mas foi ignorado de plano (evidente preconceito), com a alegação de que o órgão estaria desvirtuando seu propósito e seria banalizado pela sociedade. Complicado!
Espero que Yong (ou Baakir), alcance seu almejado reconhecimento e respeito como africano que de fato o é (biologia é besteira frente à orientação individual).
Neste contexto, vamos aguardar novas orientações emergirem, em um mundo que está perdendo sua identidade biológica e moral.
PS*: Em reflexão pós-texto, concluo que também sou “Trans”, pois como consumista de bom gosto que sou, nasci em corpo errado, ou seja, sou um rico que nasceu em um corpo de pobre e nunca aceitei isso (“Transfinanceiro” ou Transtorno de Personalidade)?
Boa semana a todos.
(Obs. O título original era “Transracial”, mas para evitar a crítica dos politicamente corretos...)