E OS JUROS, QUANDO VAI “BAIXAR”?!... 18h26min.

Os Correios estavam em greve. Isto tem se repetido todos os anos, e os transtornos são muitos, pois quase sempre é na época das faturas dos cartões de créditos e outro avisos. Tínhamos duas faturas a serem pagas, hoje seria o dia “D”; entretanto, ontem à tarde “milagrosamente”, fomos abrir a caixa do correio, lá estavam elas, em pleno anoitecer de domingo, colocadas pelo nosso anônimo carteiro...

Pela manhã fomos com esposa ao banco para quitar as duas faturas, fomos de carro, pois ela teria aula extra à tarde em função do próximo feriado...

Retiro o extrato de nossa conta, que foi aberta em 1975, no “finado” Banestado; observando melhor o extrato há um aviso, que não deixa de ser uma “alerta”, se usar o limite do Cheque Especial, os juros são de “apenas” 247,49 % ao ano; enquanto a taxa Celit está há um pouco mais de 7%; os juros dos cartões de créditos são ainda bem maiores...

Tudo isto não deixa de ser a “triste” face do Plano Real, inflação em patamares “civilizados”, porém, os juros dos nossos bancos, continuam em patamares, muito além da maioria dos países...

A questão por que os nossos juros não baixam é função que há os se predispõem emprestar face de suas necessidades; segundo o que lemos tudo funciona pela lei da oferta e da procura, apesar dos juros altos, o banco até seleciona os seus clientes que “havidamente” procuram crédito, apesar deste juros “exploratórios”...

O setor bancário foi o que mais lucrou, - e continua lucrando no Plano Real – e ao mesmo tempo é o que mais desempregou ano a ano, pois o sonho “deles” é terem agenciam totalmente “automatizadas” com pouquíssimos bancários prestando os seus préstimos.

... O ano era 1996, quando o Plano Real completara perto de dois anos; os estoques não mais se valorizavam, pois não havia a inflação, a economia foi caindo na “real”, ninguém mais comprava além de suas necessidades, - cliente e compilador - na época tínhamos uma pequena empresa de revenda de perfumaria e medicamentos, tempos difíceis, de muita inadimplência; quando isto acontece, a empresa passa a usar o Especial e descontar duplicatas para honrar nossos compromissos...

Começo do mês surpresa foi nos debitado, o equivalente a doze salários mínimos em juros... Isto nos levou a tomar atitudes drásticas... Mas isto já é outra história... 18h56min.

Curitiba, 09 de outubro de 2017 – Reflexões do Cotidiano – Saul

http://www.mensagensespiritas.xyz

http://www.recantodasletras.com.br/autores/walmorzimerman

Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 09/10/2017
Código do texto: T6137844
Classificação de conteúdo: seguro