UMA VOLTA AO PASSADO! (DR. EBERTH SANTANA):
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À medida que teclava pelo whatsapp com o dentista Eberth Santana, no Grupo PAPO FRANCO, ele postando fotos de época e de produtos do passando ou e que perderam a utilidade e foram substituídos por outros "mais" modernos e mais descartáveis. O Dr. Ebeth Santana me proporcionou uma volta ao passado, fazendo-me relembrar coisas que pensei estivessem adormecidas em mim,. Mas me bastou ver as fotos e fui lembrando de nomes que nem sabia que ainda lembraria. Reconstruí parte de minha história perdida com as 11 cirurgias de empiema cerebral e os mais de 100 pontos que não escondo embaixo do chapéu ou toca de croché, que uso em eventos sociais.
Tive e também uma máquina LOVER. Minha mãe possui até hoje e funcionando sua máquina de Singer e, com ela, foi costurada a primeira bermuda que usei para a viagem da comunidade do Varre-Vento até Manaus, em final da década de 60, em busca de estudos. Na Voz Praiana, fui recepcionado por cavalos que puxavam carroças nas ruas de paralelepípedos que existiam em Manaus. Depois de me olhar me afastando e me aproximando da calota de um fusca como se fosse um "bobo", entrei no táxi e entreguei um bilhete ao motorista, que me conduziu à casa de minha madrinha Natércia Calado. A máquina de costura inda existe e funciona com minha mãe. No passado, ela lubrificava suas engrenagens mais importantes também com óleo Singer . Me vi, entrando no portão de ferro e muro ainda baixo e sem câmeras ou outro tipo de controle. Também me vi correndo pelos corredores largos do Grupo Escolar Adalberto Vale.
Na cartilha "Ensino Pratico de Matemática" "aprendi" as 4 operações necessárias dividir, contar e contar numerais arábicos e romanos: dividir, contar e contar numerais arábicos e romanos). Na cartilha “Caminho Suave”, de Branca Alves de Lima, lançada pela primeira vez em 1948, continua sendo reeditada Nela aprendi a ler e escrever porque existia ensino de qualidade e quase não existiam escolas particulares, que eram chamadas jocosamente de PPP – Papai Pagou Passou se referindo aos maus alunos que eram transferidos ou expulsos por força do Decreto 288, vigente na época.
Lembrei-me que a máquina LOVER, produzida em Manaus, pela Fábrica Sonora. Ela vinha com 4 flash embutido em sua na parte superior e giravam à medida que fossem sendo tiradas as fotos. Depois de 4 fotos, trocava-se o flash, mas raramente se precisava usá-lo. Quando se batia uma e uma foto e girava a máquina, também girava o flash para a foto seguinte. Como repórter de A NOTICIA Na década de 80, lembrei-me de ter visitado meu irmão, Jose Auriberto Costa, no chão da linha produção da fábrica de vidros DROHAUSER, que não existe mais. Durante a visita à fábrica de vidros encontrei meu irmão, todo paramentado, usando EPI completo, soprando um tubo e dando formato à peça que produzia à partir da areia aquecida a não sei quantos graus, conheci dono da fábrica de vidros Mário Hauser. Fiquei surpreso ao encontrar meu irmão na fábrica porque a última informação dele era que estava em Porto Velho, também trabalhando na Mineração Taboca S/A e de constatar que o local quente porque precisavam de fogo para transformar areia em vidros .
Fazia cobertura de matérias da Suframa e visitava bastante empresários do Distrito Industrial de outrora. A Suframa comandada pelo superintendente Rui Lins (Rui Alberto da Costa Lins, "in memorian") e Leonora Dolzanes era sua Assessora de Comunicação. Ele poderia ter se tornado o primeiro governador do Amazonas. Contudo, o presidente da ALE/Am, na época era Josué Filho, foi o escolhido, sendo derrotado nas urnas por Gilberto Mestrinho. Rui Lins (Rui Alberto da Costa Lins) (in memorian) poderia ter sido um bom governador, mas nunca saberemos porque já falecido. Ele era muito influente dentro do Governo Militar, que comandava o Brasil, pós 64! Das vezes que era convidado para entrevistar o Ministro do Interior, coronel Mário Andreazza quando vinha presidir as concorridas reuniões do CODAM, da Suframa.
Lembrei-me das brincadeiras de bola na Avenida Adalberto Vale com os colegas, dos gols feitos por Jorge Lopes da Silva, dos banhos de carimba após o futebol, da casa em que a família residia, das brincadeiras de manja que promovíamos como em um p de mágica, quase do nada. Me vi carregando bolinhas de gude enroladas na camisa e alguém batendo em minha mão e ficando c as que as que caíssem no chão de minhas recordações. Era regra do fábrica de vidros DROHAUSER, que não existe mais que existiam ou todos criavam e concordavam com elas: o "bate/fica"!
Conversa vai, conversa vem, me vi entrando em A NOTÍCIA para pedir um emprego de "foca", cursava o primeiro período da Faculdade de Comunicação Social da UFAM. Depois, como Editor Geral no Diário do Amazonas fiz o mesmo com vários estudantes de comunicação do primeiro período. Jornalista só é jornalista na prática diária nas redações. Recordei das vezes que Eleonora Dolzanes ligou para A NOTÍCIA, para entrevistar o Ministro do Interior, coronel Mário Andreazza quando vinha presidir as concorridas reuniões do CODAM, da Suframa.
Ah, como foi importante a viagem ao passado, sem comprar passagem de máquina foi tempo não inventada. Tudo foi proporcionado pelas fotos antigas postadas pelo dentista Eberth Santana e outras pessoas que acompanhavam nossa viagem ao tempo em que éramos felizes e não sabíamos.