A AVÓ
A AVÓ
A avó, pode-se dizer, é a segunda mãe para os netos, pois é ela quem dá cobertura às pequenas “artes” dos netos.
- Menino! Venha já para cá e rápido.
Sabia do que aprontara. E rapidamente corre a se esconder atrás da avó.
- Vó, não deixa a mãe me bater!
- Não deixo. Mas o que você aprontou desta vez?
- Eu só queria amarrar uma bombinha no rabo do gato!
- Mas isso é maldade. Não se deve judiar dos animais. Vou falar com sua mãe, mas me prometa que não vai fazer mais isso.
- Prometo!
E lá vai a avó salvar a pele do neto.
Não apanhou, mas ficou proibido de jogar futebol por uma semana.
O bonito numa relação avó e neto é a cumplicidade carinhosa que há entre eles, como fica marcada essa aproximação, que é por toda a vida.
Eles estão sempre juntos, andando pelas ruas. A avó e o neto. Cabelos brancos como algodão, indicando seus oitenta e poucos anos e ele nos seus vinte e cinco anos, não mais que isso, de mãos dadas a andar pelas ruas. Cruzo com eles e desejo-lhes um bom dia, e recebo o mesmo de volta.
Mas nem sempre são alegrias. Ontem fiquei sabendo de algo que me deixou chocado.
Uma empregada doméstica chegou arrasada ao serviço. A dona da casa perguntou o que estava havendo.
- Uma coisa muito triste aconteceu na minha vida. Os dois netos que eu amo demais, tornaram-se bandidos, vendem drogas e se drogam. Onde foi que eu errei? – pergunta ela. A mãe sumiu pelo mundo, o pai não está nem aí. E eu os criei com muito carinho. Que mais eu podia fazer/
Deve ter sido mais ou menos esse diálogo.
Mas avós têm mais surpresas boas com os netos do que tristezas. Faz parte da vida.
Netos, amem suas avós porque o tempo passa e não têm volta.
09/10/2017