Janela versus Passarinho

Aconteceu hoje. Minha casa tem uma área no segundo piso, bastante ventilada - o vento que sopra, às vezes com muita força e velocidade, vem da praia, há uns quatro quilômetro de onde moro. - No fundo tem um janelão de vidro e na frente apenas um guarda-corpo. Estava na rede, lendo A Mente Esquerdista (Dr. Lyle H. Rossiter), quando ouvi o som de uma pancada na janela. Olhei para o chão e vi o pobre passarinho, uma rolinha parda. Ela tinha atravessado a área e se chocado contra a janela de vidro transparente. Peguei-a, muito consternado, na esperança de que ainda estivesse viva. Coloquei-a na palma de minha mão, toquei em seu corpinho delicado e senti o calor da vida ainda presente. Mas ela estava morta. Os olhinhos fechados, a cabeça pendente. Desci e a deixei em um galho do cajueiro do meu quintal. Não quis enterrar logo, porque ainda estava quentinha, e eu tinha a esperança de que pudesse reviver. Algumas horas depois, fui ver e ela estava no mesmo lugar, do jeito que a tinha deixado. Então cavei um buraco e a sepultei, perto do tronco do cajueiro. E fiquei pensando: a vida não é frágil apenas para um passarinho. Pessoas também morrem com muita facilidade, assim, quase do nada. E essa fragilidade da vida nos faz refletir profundamente. Mas é bom saber de uma coisa: Nem mesmo um passarinho cai por terra sem a vontade do Criador de todas as coisas. Foi o que Jesus disse. Assim, tinha chegado a hora daquela rolinha, como chegará a de todo ser vivente sobre a terra, e não tem vaidade ou orgulho que impeça isso. Nenhuma sabedoria, nenhuma ciência, nenhuma tecnologia impedirá que a vida natural chegue ao seu término.

Viva bem, o melhor possível, enquanto tem vida.

Isidio
Enviado por Isidio em 06/10/2017
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