Pitanguapos e sua Oktoberfest
Pitanguapos e sua Oktoberfest
Antes que se prescrevam os efeitos ético-etílicos do encontro dos pitanguapos de outubro, realizado sob a batuta do fidalgo anfitrião Darcy Campos Júnior, sorvo um gole de palavras, líquidas, ainda que incertas.
Participei tão-somente da primeira hora do evento, lamentavelmente, mas foi o tempo suficiente para concluir que o encontro foi 10, número 10, aliás de realizações inebriantes ao longo desse tumultuado mas ah bem suado ano da graça e da carestia de 2018.
O local foi uma escolha bem acertada desse moço de Darcy e Zizi, que em matéria de know-how barístico pode bem ser consultor do Guinness Book of Records. E na fase preliminar do encontro, em que éramos então não mais que três - o Sultão Al-Rachid, também presente, abrogara os preceitos corânicos por uma razão de solidariedade cristã -
Campos apontou para a gélida loira que acabava de nos ser servida e observou que a despeito daquela frieza interior, a mesma exalava uma efervescência de fazer suar a própria garrafa...
E, numa noite aprazível em que se antecipavam acontecimentos, sobretudo e sofre...tudo no campo esportivo, a turma foi chegando e se acercando para participar do conclave: Lucius Flavius, outrora o ceguinho de mais visão, o Rodolfo e o Aluísio, respectivamente, moço e menino da SAP, Ronaldo, o penta, el Gatito hijo de Mário Lúcio, el Bananera, o clã Bécaud, o Presidente evitalício Juarez, ligeiramente atrasado, em função de compromissos agendados e extra-agenda, os felizes torcedores da mancha-azul, Marcondes e Márcio Nunes e, sem condições de exaurir a lista por absoluta fraqueza de memória, o ex-vizinho dos fundos de minhas tias, Robertinho do Zé Nunes, hoje, simplesmente, Presidente da Sanmarco.
E com a comanda em branco - graças à generosidade do anfitrião parti às carreiras para o encontro com Bartô. Para quem não sabe, e para que no contexto não se enrabe, uma explicação cá cabe: era um imperdível debate sobre a obra de um de nossos mais laureados escritores, de todas as Gerais e de muito mais: Bartolomeu Campos Queirós, nascido em Papagaios, com passagem duns poucos anos por Pitangui - com quem também dividi fundos de quintal - primo do Biz, do
Zé e do Toninho. Bartolomeu (1944 - 2012), é emblemático na vida literária da língua portuguesa. E como Eça, é de Queirós. A beça...