Intolerância e ignorância- primas irmãs.
No último dia 28 de setembro , em Shopping de Brasília, mãe e filha foram ofendidas e agredidas por um imbecil, quando saíam do cinema abraçadas. A mãe de 47 anos e a filha de 20, felizes por estarem passeando juntas, vendo uma fita e compartilhando de um passeio agradável, interrompida por um "cretino " de 55 anos aos berros de safadas e cretinas, imaginando se tratar de um casal "gay".
A que ponto estamos chegando ? Não é a primeira vez que estúpidos se sentem no direito de agredir em nome do "moralismo", é o retrato do atraso coletivo que estamos passando, o pior dos atrasos que é o da irracionalidade.
Mesmo que fosse um casal de lésbicas, e daí ? Há tantas guerras no mundo que "qualquer forma de amor vale a pena ", como diz a canção do Milton Nascimento.
A tal da "Anitta" , ridícula escrita com dois "t" ( mania besta), agora se diz em autopromoção que ela é a cura "gay", com base nas suas curvas rebolativas, retrato do atraso na mídia que cultua esse tipo de artista de baixo nível.
Há poucos anos um pai também foi agredido duramente em uma feira cultural ( pasmem- cultural !), quando viu seu filho por lá, um rapaz de seus vinte anos. A alegria dos dois durou pouco, porque um bando de idiotas começou a espancá-los. Depois na delegacia, vem aquelas desculpas esfarrapadas : " Desculpe cara, eu não sabia, foi mal...", como se fosse o unguento da cura repentina,na base do "lavou tá novo!".
O tal do Bolsonaro, que eu não suporto nem ver, em 2015 ofendeu uma colega de bancada, dizendo que ele " não teria coragem nem de estuprá-la "de tão feia que era, é claro que esse cretino teve que pagar uma multa pesada, de r$ 150 mil.
Se quem deveria dar exemplos se comporta assim, que podemos esperar ?
Para mim, terceiro mundo é isso, e nisso estamos patinando sem sair do lugar, um cabo de guerra sem fim, cada um faz força para um lado, todos se considerando donos da razão, e ninguém a tem .
A vida exige mudanças de comportamento, de postura, gastar energias com o que realmente merece , ser produtivo, olhar para a frente, abandonar velhos conceitos retrógrados que não levam a lugar algum, ver as pessoas de outra forma, com absoluto respeito, mesmo que não as entendamos por completo.