IMAGENS DE DOMINGO
Diário de minhas andanças
21/08/2011
Frio e cinzento agoniza o domingo sob um céu acabrunhado.
Um vento quase gelado insulta algumas ternuras de agosto:
Uma pereira vestida de noiva aqui,um pessegueiro róseo acolá, junquilhos enrustidos em quintais abandonados...
Na única vitrine exposta, a manequin disfarça a palidez da cara de louça na echarpe em cores berrantes.
Um olhar distante...
[Olhar de manequim]
procura além do vidro pelos meninos da rua, suas alegrias , suas bicicletas.
Silêncio...
Janelas cerradas...ruas desertas...
Um pequeno riacho divide ao meio a cidadezinha encolhida.
[Devassas avencas banham os seios no fio d´agua sob a ponte de ferro]
Pela calçada deserta , duas presenças de vestes claras, esvoaçantes....
[Ternuras de agosto ?]
Param ,momentaneamente, diante da môça de cara de louça.
[Observadores olhares ! Murmurantes comentários]
Sorrateiro, aproveito e roubo-lhes a imagem.
Vinte quilômetros separam-me ainda do local onde moro.
O céu que me encobre acerca-se de um cinza intenso.
[Azulado, porém , é o céu de minhas fantasias]
Guardo cuidadosamente o produto do roubo e tomo o caminho de volta.
Aos poucos o fim do dia vai-se revestindo de negro.
Perambula em minha cabeça uma canção que se casaria com a cena:
Ouçamos !
https://www.youtube.com/watch?v=EhtuB0szvyY
Diário de minhas andanças
21/08/2011
Frio e cinzento agoniza o domingo sob um céu acabrunhado.
Um vento quase gelado insulta algumas ternuras de agosto:
Uma pereira vestida de noiva aqui,um pessegueiro róseo acolá, junquilhos enrustidos em quintais abandonados...
Na única vitrine exposta, a manequin disfarça a palidez da cara de louça na echarpe em cores berrantes.
Um olhar distante...
[Olhar de manequim]
procura além do vidro pelos meninos da rua, suas alegrias , suas bicicletas.
Silêncio...
Janelas cerradas...ruas desertas...
Um pequeno riacho divide ao meio a cidadezinha encolhida.
[Devassas avencas banham os seios no fio d´agua sob a ponte de ferro]
Pela calçada deserta , duas presenças de vestes claras, esvoaçantes....
[Ternuras de agosto ?]
Param ,momentaneamente, diante da môça de cara de louça.
[Observadores olhares ! Murmurantes comentários]
Sorrateiro, aproveito e roubo-lhes a imagem.
Vinte quilômetros separam-me ainda do local onde moro.
O céu que me encobre acerca-se de um cinza intenso.
[Azulado, porém , é o céu de minhas fantasias]
Guardo cuidadosamente o produto do roubo e tomo o caminho de volta.
Aos poucos o fim do dia vai-se revestindo de negro.
Perambula em minha cabeça uma canção que se casaria com a cena:
Ouçamos !
https://www.youtube.com/watch?v=EhtuB0szvyY