Uma mulher de aparência frágil e alma de gigante, capaz de coisas incríveis como cuidar de um monte de gente mesmo com uma doença complicada e dolorosa. De onde vem esta força? Ela diz que é da fé, da vontade de ser feliz quase que por pura teimosia.
A vida nunca foi fácil, quando era só uma menina descobriu a adoção de forma cruel, naquele tempo ninguém se importava muito com ''bullying''. A infância pouco saudável, nem sempre afetuosa trouxe sequelas pra toda a vida: uma doença autoimune agressiva surgiu aos vinte anos, e com ela muita dor e várias restrições.
Mas essa garota valente se apaixonou pela espiritualidade, conseguiu perdoar os pais que ocultaram sua origem, perdoou a mãe biológica que fazia a vida na cidade, perdoou os coleguinhas e as vizinhas fofoqueiras da cidadezinha do interior. Perdoar foi a forma que ela encontrou para se libertar e seguir em frente, desta forma ela conseguiu ir para a cidade grande.
Hoje em dia ela está lutando pra ter mais qualidade de vida, a saúde está bem comprometida, formou sua própria família e convive com a dor crônica diária. Ela cuida dos pais adotivos idosos e dos irmãos que como ela também foram vítimas da incompreensão. E eles cuidam dela, dão todo carinho que ela precisa para fazer os tratamentos e renovar a fé.
Essa é a história de N, 37 anos, casada, mãe de duas meninas, uma delas adotada. N tem artrite reumatoide e fibromialgia.