Eu e a Fibromialgia I

Era ainda adolescente quando comecei a investigar a tiroide, até iniciar os hormônios com vinte anos, ouvi que tinha metabolismo lento, tiroide preguiçosa e outras coisas esquisitas. Com a fibromialgia não foi muito diferente: anos com dor cada hora em um lugar, peregrinação a vários médicos, todos tratamentos alternativos disponíveis, terapia sempre, muito remédio, chás, fitoterápicos, manipulados, homeopatia, por muitos e muitos anos. Nada curava aquelas dores. Melhoravam por um certo tempo, e quando eu menos esperava, elas voltavam. 

Um dia cansada de ouvir que eu devia ter problemas psicológicos fui a uma psiquiatra, essa médica teve paciência para me ouvir, olhar pastas de exames, receitas e junto com uma reumatologista fechou a fibromialgia. Fibromialgia foi meu primeiro diagnóstico e não era nada fruto da minha imaginação, era uma doença de verdade com tratamento específico. Comecei a usar meu primeiro antidepressivo indicado para fibromialgia, as dores melhoraram e renovei as forças.

Eu estava com trinta anos. Nunca tinha ido a uma reumatologista,. Apesar de ter parentes diretos com deformidades graves por conta da artrite reumatóide, nunca fiz nenhum exame. 
Esta falta de conhecimento me fez prometer a mim mesma que iria buscar respostas, aprender o máximo que eu pudesse. Hoje eu vou a encontros, palestras, assisto simpósios de AR, SS e outras doenças autoimunes. Eu me sinto mais forte e pronta para lutar, não estou mais em desvantagem.
Giselle Sato
Enviado por Giselle Sato em 05/10/2017
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