CRÔNICA DO DIA: BUDISMO E O ZAZEN
Ontem fui em um centro budista aqui em Porto Alegre. Fica no bairro Petrópolis. O lugar é maravilhoso, melhor do que eu imaginava. Confesso que agora não saberia explicar como eu pensei que fosse, essa memória parece ter se perdido em algum lugar da minha mente.
Fui sozinho e quando cheguei tinha duas mulheres entrando e eu aproveitei o embalo. Fomos recebidos por um Monge que sinto muito em não lembrar o nome, e este nos conduziu até uma sala onde nos esperava o Monge Zenshu para conversar com nós. Confesso que ele me ganhou só no jeito de falar, que paz que ele me transmitiu.
O horário para iniciar a prática de ensinamento é 16 horas e 30 minutos e o Monge respeitou o horário. Primeiro ensinamento era este, respeitar o horário estabelecido. Até chegar o horário de início, chegou mais umas 8 pessoas. Todos nós nos sentamos em um círculo para ouvir os primeiros ensinamentos do Monge Zenshu. Ao lado do Monge Zenshu tinha aquele Monge que infelizmente não lembro o nome e tinha um garoto que estava ali para auxiliar.
Quando o Monge iniciou os ensinamentos todos nós ouvíamos com muita atenção. Palavras novas, gestos novos, uma nova maneira de olhar e prestar atenção, um cuidado com o próprio corpo, uma nova maneira de demonstrar respeito por si e pelas pessoas. Respeito pelo ambiente e por tudo que há nele. Que momento lindo e de aprendizado.
Subimos para o segundo andar para praticar o zazen (za=sentar, zen=meditação), o nosso primeiro ritual de meditação. Tudo o que nós fazíamos estava sob a orientação dos Monges. Praticamos por uns 30 minutos. Após tivemos um chá e nesse chá também tivemos orientação para tomar. Primeiro todos nós deveríamos esperar até que todos tivessem com chá na mão para podermos tomarmos juntos. Segundo é que deveríamos segurar a xicara com as duas mãos para não perdemos o foco. E assim tomamos o nosso chá.
Após o chá conversamos um pouco sobre as dificuldades do primeiro zazen, cada pessoa relatou algo bem particular. Cada ser humano teve a sua experiência com zazen. Cada um teve os seus problemas com a sua mente.
Retornei para a casa leve. Com a mente tranquila. Os pensamentos vinham e depois iam. Uma coisa que nunca pensei é que um dia encontraria algo sem ser drogas ou álcool que acalmaria minha mente tão turbulenta. Hoje eu encontrei. Só tenho a agradecer.