Não estamos sozinhos
Por Luiz A G Rodas
Quando criança, geralmente aos prantos, gritamos por nossos pais, diante de uma assustadora escuridão.
Hoje, então maduros e experientes, ainda somos confundidos pelas sombras do coração, pelos contornos indefinidos, pelos detalhes e cores quase imperceptíveis. Ficamos apreensivos com o breu a nós enganar os sentidos. Como é difícil escolher, discernir, encontrar o caminho!
Toda espírito carente necessita de um salvador raio de luz neste vale sombrio da dura realidade. Aspira um florescer de possibilidades, da utilidade da vida.
Por sorte, à beira do abismo, recebe o alerta: "não devemos nos abater, nos entregar à doença, ao amolentamento. Reaja!"
Vale sempre lembrar que, aos tentarmos permanecer imersos nos sentimentos negativos, não estamos sendo nada receptivos com os nossos guias espirituais.
O recolhimento em oração, o silêncio, a reflexão e meditação, são formas divinas que nos levam a crê que não estamos sozinhos.
Ora socorremos, ora somos socorridos.
E aquela vontade repentina de sumir diante de uma situação conflitante, logo passa. Uma iminente queda não se concretiza, graças à segurança de um braço amigo.
A que ou a quem atribuímos tais livramentos?
Nem imaginamos quantas vezes fomos salvos, no momento oportuno, sem que tenhamos pedido.
Portanto, se o nosso "brilho de emoção" está fragilizado, lembremos que o Criador, para o nosso deleite, pinta um novo quadro a cada dia.
Tomemos as lições para que nos encontros da tristeza com o desalento, projetarmos uma alegria reformadora das nossas vidas.
Jamais perder o que verdadeiramente importa: a alcançada misericórdia e o amor sustentável.
Chamamos de anjo guardião, ombro amigo ou raio de luz, aquelas pessoas que estando ou não ao nosso redor, têm a sensibilidade e hábito de se importar com o bem estar do semelhante.
Seja qual for o nome que lhes demos, anjos da guarda ou espíritos protetores, perto ou longe, visíveis ou não, lá estão eles, sempre de "pé e a ordem", velando, diuturnamente, por nós.
Dependendo deles, jamais nossos olhos irão acostumar-se à ausência de luz.
São verdadeiros heróis amorosos lutando para que nuvens não encubram nossas estrelas da fé.
Sejamos, sempre, merecedores de noites de luar!